Bolsa emenda 6º ganho, na contramão do exterior
Com IPCA e ata do Copom dentro do esperado, o Ibovespa mostrou fôlego para levar a recuperação adiante e fechou em alta de 0,23%, aos 108.651,05 pontos, ainda o melhor nível de encerramento desde 7 de junho (110.069,76). O giro ficou em R$ 26,9 bilhões. Na semana, o Ibovespa sobe 2,05%; no mês, 5,32%, e no ano, 3,65%.
“O IPCA veio em linha com o esperado, com a deflação de 0,68% em julho praticamente em linha com o consenso, de -0,66% para o mês. Temos uma inflação acalmando, o que em tese traz alívio também para os ativos de risco. Mas o mercado continua olhando muito para o exterior, e estará atento à divulgação da inflação nos Estados Unidos”, observa Caio Tonet, sócio-fundador e head de renda variável da W1 Capital, referindo-se à cautela observada em parte da sessão na B3.
O bom desempenho das ações de maior peso e liquidez contribuiu, no entanto, para que o ajuste, de queda discreta, fosse transformado em moderado avanço: Petrobras ON e PN subiram, respectivamente, 1,32% e 1,64%, enquanto Vale ON teve alta de 2,07% e os ganhos entre os grandes bancos chegaram a 2,61% (Itaú PN), com boa recepção aos números trimestrais do Itaú, apresentados na noite anterior.
Ao mencionar que as projeções de inflação para o início de 2024 estão ao redor da meta, a ata da reunião de agosto do Copom sinalizou que a Selic deve permanecer em 13,75% na próxima reunião, em setembro, avalia em relatório o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita. Segundo ele, a interpretação é reforçada pela menção de que os efeitos defasados da política monetária devem se intensificar no segundo semestre.
Dólar
Depois de quatro pregões seguidos de queda, em que acumulou baixa de 3,15%, o dólar à vista subiu na sessão de ontem, em meio a ajustes de posições e movimentos de realização de lucros. A moeda fechou cotada a R$ 5,1295, avanço de 0,32%. Na semana, a moeda apresenta leve perda, de 0,72%. (Estadão Conteúdo)