Concessão de crédito no Brasil tem queda de 9,6%, diz BC
O aperto no que o BC chama de crédito livre é maior entre as pessoas físicas, com recuo de 10,3% nas concessões
Os dados de concessão de crédito no Brasil, divulgados ontem pelo Banco Central (BC), mostram que o aperto continua. Com a alta dos juros, a inadimplência em alta e o temor provocado no mercado por eventos como a crise nas Americanas, os financiamentos concedidos pelas instituições financeiras recuaram 9,6% em fevereiro ante janeiro, ficando em R$ 383,7 bilhões no mês.
O aperto no que o BC chama de crédito livre (em que a taxa de juros é pactuada entre a instituição e o tomador do empréstimo -- ficam de fora os empréstimos habitacionais, rurais e do BNDES) é maior entre as pessoas físicas, com recuo de 10,3% nas concessões. Já entre as pessoas jurídicas, a queda foi de 8,6%.
Além de mais difícil, os financiamentos ficaram mais caros. Mesmo após o fim do ciclo de alta da Selic, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 43,5% ao ano em janeiro para 44,2% ao ano em fevereiro. Esse é o maior nível desde agosto de 2017, quando a taxa média alcançou 45,6% ao ano. (Estadão Conteúdo)