Brasil é o 2º país em pagamentos instantâneos

Uso do Pix teve um salto de 228% de 2021 para 2022

Por Cruzeiro do Sul

Sistema bateu recorde em março

Com o sucesso do Pix, o Brasil foi o segundo país do mundo que mais utilizou meios de pagamentos instantâneos em 2022, ficando atrás apenas da Índia, conforme a pesquisa Prime Time for Real-Time Report, divulgada ontem pelo Banco Central. Foram 89,5 bilhões de transações na Índia, contra 29,2 bilhões de transações no Brasil -- o que corresponde a 15% do total mundial.

Segundo a pesquisa, houve um salto de 228,9% no uso dos serviços de pagamento instantâneo no Brasil de 2021 a 2022, um crescimento maior do que na líder Índia (76,8%).

Completam a lista dos maiores mercados globais em quantidade de transações de pagamentos instantâneos em 2022, de acordo com o levantamento, a China (17,6 bilhões), a Tailândia (16,5 bilhões) e a Coreia do Sul (8 bilhões).

Em geral, os pagamentos instantâneos foram responsáveis por 195 bilhões de transações em 2022, 63,2% a mais do que um ano antes, segundo o Prime Time for Real-Time Report. A previsão é de que, em 2027, esse número chegue a 511,7 bilhões e poderia representar 27,8% de todos os pagamentos eletrônicos no mundo.

“Em pouco mais de dois anos e meio, o Pix colocou o Brasil no topo quando o assunto é pagamentos instantâneos”, disse o BC sobre o estudo realizado pela ACI Worldwide (empresa da área de sistema de pagamentos) em parceria com a GlobalData (empresa de análise e consultoria de dados).

No curto prazo, segundo o BC, o estudo também traz a projeção de números ainda mais favoráveis para o Pix. De acordo com o Prime Time for Real-Time Report, a média de transações mensais do Pix por pessoa de 15 anos ou mais vai subir para 51,8 em 2027, deixando o Brasil na segunda posição nesse tipo de comparação -- atrás apenas do Bahrein, cuja estimativa é que esse índice fique em 83,3 em quatro anos. Hoje, o número do Brasil é de 14,2 -- 4º no mundo.

Recorde mensal

O Pix bateu o recorde mensal de transações em março, ultrapassando a marca de 3 bilhões de operações. Segundo o Banco Central, foram 3,003 bilhões de transações no terceiro mês deste ano. O recorde anterior era de dezembro de 2022, de 2,873 bilhões de operações.

Em volume financeiro, o Pix movimentou R$ 1,280 trilhão no mês passado -- também o maior valor mensal desde a criação da ferramenta. (Estadão Conteúdo)