Governo está em vias de anunciar suplementação para Plano Safra, diz ministro

A suplementação estudada entre os Ministérios da Agricultura e da Fazenda é de R$ 1,030 bilhão para a equalização do Plano Safra 2022/23, que se encerra em 30 de junho

Por Cruzeiro do Sul

Carlos Fávaro é o novo ministro da Agricultura

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou nesta terça-feira, 2, que o governo pode anunciar nos próximos dias a suplementação de recursos para o Plano Safra 2022/23, conforme antecipado pelo Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. "Estamos em vias de fato de anunciar (a suplementação para Plano Safra 2022/23). Quero, muito em breve, quem sabe nos próximos dias, anunciar uma suplementação e um Plano Safra com mais recursos, que o setor vai precisar", disse Fávaro a jornalistas após reunião-almoço na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na tarde desta terça-feira, em Brasília.

A suplementação estudada entre os Ministérios da Agricultura e da Fazenda é de R$ 1,030 bilhão para a equalização do Plano Safra 2022/23, que se encerra em 30 de junho. A cifra vem sendo negociada pelo ministro Fávaro com o ministro (da Fazenda) Fernando Haddad desde o início de março. De acordo com estimativas da Agricultura, o repasse adicional de R$ 1 bilhão para a equalização de recursos deve resultar em um montante de R$ 30 bilhões em financiamento aos produtores. Do valor total, R$ 17 bilhões serão para investimento e R$ 13 bilhões para custeio.

Fávaro defendeu também o aumento de recursos para o Plano Safra 2023/24, que tende a ser anunciado no próximo mês e se inicia em 1º de julho, em virtude de momentos difíceis que o setor enfrentará. "Preços de commodities estão sendo achatados. Temos milho em Mato Grosso abaixo do custo de produção, a soja também baixou bastante, a arroba do boi baixou bastante. Isso se combate com linhas de crédito, juros adequados aos produtores", afirmou.

Em referência às linhas de crédito ao setor e aos juros adequados, o ministro afirmou que isso será tema de intenso trabalho que fará junto aos ministros da Fazenda, do Planejamento, da Gestão e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Faz parte inclusive da pauta que tenho com ele agora, trabalhar recursos de complemento e taxas de juros para o setor", acrescentou, mencionando a agenda que possuía com o presidente Lula na tarde desta terça-feira. (Estadão Conteúdo)