SP lidera desenvolvimento de biofertilizantes

Há 51 projetos no Estado, conforme levantamento da Embrapii, a maioria em municípios localizados no interior

Por Cruzeiro do Sul

Há pesquisas em Boituva, Itu e Salto, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS)

O Estado de São Paulo se firmou nos últimos anos como um polo de desenvolvimento de biofertilizantes, de acordo com levantamento feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Desde 2018, a entidade apoiou 51 projetos na área no Estado, de um total de 79 em todo o País.

Das 51 pesquisas no território paulista, 39 delas, ou 75%, são de empresas localizadas fora da capital, em 22 municípios do interior.

As cidades que mais se destacam são Piracicaba, Campinas, Ribeirão Preto, Salto e São Carlos, conforme dados compartilhados com exclusividade com o Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A cidade de São Paulo, sozinha, ainda lidera o ranking, com 12 projetos de pesquisa. Depois do Estado de São Paulo, se destacam Goiás e Paraná, cada um com seis projetos de pesquisa.

“Os consumidores estão mais exigentes, buscando consumir alimentos mais saudáveis, ao mesmo tempo que o setor agrícola tem buscado soluções para uma produção mais sustentável. E o interior de São Paulo tem atuado fortemente para atender a essa demanda urgente da agroindústria”, destaca o presidente interino da Embrapii, Igor Nazareth.

Piracicaba é a cidade com o maior número de empresas desenvolvendo estudos sobre biofertilizantes, com seis projetos. Em seguida, aparecem Campinas, Ribeirão Preto, Salto e São Carlos, cada uma com quatro iniciativas. Há pesquisas também em Americana, Barretos, Boituva, Cotia, Cravinhos, Dois Córregos, Itu, Jaboticabal, Jundiaí, Lençóis Paulista, Olímpia, Orlândia, Pindamonhangaba, Saltinho, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Vinhedo.

Das 79 pesquisas na área de biofertilizantes apoiadas pela Embrapii desde 2018, 26 já foram concluídas e 53 continuam em andamento. Em 2022, a Embrapii investiu R$ 22 milhões em 18 projetos para desenvolvimento de biofertilizantes, valor 22% maior do que o investimento de R$ 18,6 milhões feito em 16 projetos em 2019, antes da pandemia de Covid-19. Em 2020, foram R$ 9 milhões para 13 pesquisas, e, em 2021, R$ 14 milhões para 22 estudos.

A Embrapii é uma organização com contrato de gestão com os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações, da Educação e da Saúde. A entidade, que possui 89 unidades distribuídas pelo País dedicadas ao desenvolvimento de projetos de inovação demandados por empresas, oferece recursos não reembolsáveis e suporte técnico. Em nove anos de existência, já apoiou 2 mil pesquisas em diversas áreas com R$ 2,8 bilhões. (Estadão Conteúdo)