Desemprego aumenta em 23 Estados no 1º trimestre

Por Cruzeiro do Sul

Taxa de desocupação passou a 8,8%, divulgou o IBGE

A taxa de desemprego aumentou em 23 das 27 unidades da federação na passagem do quarto trimestre de 2022 para o primeiro trimestre de 2023, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgados ontem pelo IBGE.

Na média nacional, a taxa de desemprego subiu de 7,9% no quarto trimestre de 2022 para 8,8% no primeiro trimestre de 2023. No trimestre encerrado em fevereiro, a taxa havia sido de 8,6%. Em São Paulo, a taxa de desemprego aumentou de 7,7% no quatro trimestre de 2022 para 8,5% no primeiro trimestre de 2023.

O mercado de trabalho teve um movimento sazonal de alta na busca por emprego e de eliminação de vagas temporárias em vários Estados, explicou Alessandra Brito, analista da pesquisa do IBGE.

“A maioria teve aumento da desocupação. E em alguns Estados, além do aumento da desocupação, a gente teve aumento das dispensas. Foi uma combinação desses dois fatores sazonais”, disse Alessandra Brito.

No entanto, o aumento na taxa de desemprego foi considerado estatisticamente significativo em apenas 16 Estados, enquanto nas outros sete a variação ficou dentro da margem de erro da pesquisa. Em Sergipe, o resultado ficou estável em 11,9%. As quedas (embora não significativas estatisticamente) ocorreram no Acre, de 10,0% para 9,8%; no Amapá, de 13,3% para 12,2%; e no Espírito Santo, de 7,2% para 7,0%.

No primeiro trimestre, as maiores taxas de desocupação foram as da Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%). Os menores resultados foram registrados em Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).

No primeiro trimestre de 2023, o País tinha 9,432 milhões de desempregados, sendo que 2,241 milhões deles estavam em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 3,220 milhões, já que 979 mil pessoas buscavam emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos. (Estadão Conteúdo e Redação)