Pix de R$ 1,2 bilhão foi o maior desde lançamento do sistema
O Banco Central publicou ontem o “Relatório de Gestão do Pix - Concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022”, com as principais estatísticas do instrumento até o ano passado. O documento mostra, por exemplo, que a maior transação já realizada pelo Pix teve o valor de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022. O valor médio das operações naquele mês, porém, foi de R$ 257.
Considerando ainda esses números com mais de nove meses de defasagem, o BC afirma que o valor médio das operações de pessoas físicas desde o lançamento do Pix é de R$ 200.
Os dados publicados se referem ao fim do ano passado, quando 133 milhões de pessoas físicas e 11,9 milhões em empresas usavam o instrumento. Na comparação com dezembro de 2021, o valor transacionado na plataforma de pagamentos em tempo real saltou de R$ 718 bilhões para R$ 1,2 trilhão.
O diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, Renato Dias de Brito Gomes, disse que a segurança e a gratuidade no uso do Pix foram fundamentais para popularizar a plataforma de pagamentos em tempo real. No último trimestre do ano passado, o instrumento já representava 1/3 de todos os pagamentos eletrônicos do País.
‘O Pix é muito seguro, e essa confiança foi transmitida com sucesso para os brasileiros. Além disso, o Pix é gratuito para as pessoas físicas. É uma experiência do usuário muito conveniente, versátil e segura, e ainda por cima de graça. Isso explica o sucesso”, afirmou o diretor, na live semanal da instituição.
Questionado sobre a eventual possibilidade de se criar um imposto sobre as transações realizadas pelo Pix, Gomes avaliou que taxar o uso do instrumento seria “uma loucura”. “Espero que não. Não é assunto do BC, mas seria uma loucura”, afirmou. Ele ainda repetiu que o Pix Internacional é uma das prioridades em desenvolvimento pelo BC. (Estadão Conteúdo)