Metalúrgicos da GM fazem greve nas três fábricas de São Paulo

Por Cruzeiro do Sul

Montadora propôs PDV no mês passado, que foi rejeitado

As fábricas da General Motors (GM) em São Paulo estão paradas desde a manhã de ontem (2), por causa da greve aprovada pelos trabalhadores em assembleias contra as demissões anunciadas pela montadora no sábado.

Segundo três sindicatos que representam os metalúrgicos, as unidades só voltarão a produzir após a GM cancelar as demissões, comunicadas por telegramas e e-mails enviados a trabalhadores das plantas de automóveis em São José dos Campos e São Caetano do Sul, assim como da unidade que produz componentes em Mogi das Cruzes.

Ainda não há informações sobre o total de trabalhadores atingidos com o corte, mas o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos fala em demissões em massa. O de Mogi das Cruzes calcula em mais de 100, de um total de 470 funcionários.

Em nota, a montadora confirma as paradas de produção e reitera que a queda nas vendas e nas exportações levaram-na a adequar seu quadro de empregados. Diz que a medida “foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário”.

A empresa afirma ainda entender “o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”. A GM não informou o total de demitidos.

No mês passado, a empresa apontou a piora das expectativas das vendas e das exportações não só neste ano, mas também em 2024. Na ocasião, propôs a abertura um programa de demissões voluntárias (PDV), com incentivos ao desligamento. A medida foi rejeitada pelos trabalhadores em assembleias. (Estadão Conteúdo)