Margem Equatorial é oportunidade ao País, diz presidente da Shell
O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, disse na semana passada que uma das previsões do memorando de intenções assinado com a Petrobras em março deste ano é expandir os negócios conjuntos das duas petroleiras para além do pré-sal, ou seja, atuar em outras bacias que não somente Campos e Santos, caso das cinco que formam a Margem Equatorial.
Na margem Equatorial, a Shell tem oito blocos, seis na Bacia de Barreirinhas e outros dois na Bacia de Potiguar, que a Petrobras vai voltar a explorar após o recente recebimento de licença ambiental. A perfuração da Bacia da Foz do Amazonas, mais especificamente no litoral do Amapá, que era o foco principal de interesse da estatal, segue vetada pelo Ibama.
Pinto da Costa julga que foi correta a decisão da Petrobras em mudar seu foco prioritário na Margem Equatorial para buscar oportunidades pragmaticamente na Bacia Potiguar. Ele lembrou que os oito blocos da Shell na província são adjacentes aos da Petrobras e também em parceria com a estatal.
“Na minha opinião, há ali (Margem Equatorial) uma oportunidade para o País. É só observar o que acontece na Guiana e no Suriname. Existe uma visão de vários geólogos de que isso (reservas) pode se estender para o lado do Brasil. O maior ator do nosso mercado, a Petrobras, colocando 16 poços exploratórios naquela área, indica visão positiva. E só tem uma forma de descobrir, que é perfurando poços exploratórios”, disse. (Estadão Conteúdo)