Governo insiste na retirada de 5 pontos do Orçamento de 2024

Governo não aceita a imposição do calendário para o empenho (reserva de recursos) de emendas parlamentares no primeiro semestre

Por Cruzeiro do Sul

Congresso discute projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias do governo federal

O líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse ontem (12) que o governo não abre mão de que cinco pontos sejam retirados da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. A votação foi adiada e ainda não há uma nova data definida.

O governo não aceita a imposição do calendário para o empenho (reserva de recursos) de emendas parlamentares no primeiro semestre, como estipulou o relator da LDO, o deputado Danilo Forte (União-CE), alegando que o Legislativo interfere, dessa forma, em atribuições do governo. Mas não é só isso. Rodrigues elencou outros pontos críticos, entre os quais a imposição de que os recursos do Sistema S passem pelo Orçamento federal.

“O texto, como está, está muito ruim”, afirmou o líder do governo no Congresso. “Nesses termos, o relatório não vai. Estamos dialogando para ajustar ao máximo; o que não se ajustar, vamos destacar (apresentar destaques, sugestões de mudanças no texto) e vai ser um conflito direto”, disse Randolfe.

Diante da pressão da base governista e também de políticos do Centrão e ligados ao agronegócio, Forte admitiu a colegas na tarde de ontem, disposição em retirar do texto o trecho que trata do Sistema S. A equipe econômica levantou preocupação sobre o impacto da iniciativa nas metas fiscais. (Agência Senado e Redação)