Venda de veículos sobe forte em dezembro e fecha 2023 com alta de 9,7% ante 2022

No total de janeiro a dezembro, 2023 terminou com 2,31 milhões de veículos zero quilômetro vendidos no País, 9,7% acima de 2022

Por Cruzeiro do Sul

No total de janeiro a dezembro, 2023 terminou com 2,31 milhões de veículos zero quilômetro vendidos no País, 9,7% acima de 2022

Com o maior volume em um mês dos últimos quatro anos, as vendas de veículos em dezembro chegaram a 248,5 mil unidades na soma de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Na comparação com o mesmo período de 2022, a alta foi de 14,6%. Frente a novembro, houve crescimento de 16,9% nos emplacamentos.

No total de janeiro a dezembro, 2023 terminou com 2,31 milhões de veículos zero quilômetro vendidos no País, 9,7% acima de 2022.

O balanço foi divulgado nesta quinta-feira, 4, pela Fenabrave, a entidade que representa as concessionárias de automóveis.

Dezembro forte

O setor experimentou no mês passado um desempenho que não apresentava desde o início da pandemia, que foi seguida por uma crise no fornecimento de componentes eletrônicos que comprometeu a oferta de carros no mercado.

Não se via resultado mensal tão alto desde os 262,6 mil veículos de dezembro de 2019, fazendo com que o ano terminasse melhor do que o previsto.

2023 ainda distante do nível pré-pandemia, mas acima das previsões

O resultado de 2023 ficou distante do nível de antes da pandemia, com uma diferença de 479 mil unidades em relação às quase 2,8 milhões de unidades comercializadas em 2019.

Apesar disso, superou as previsões dos revendedores no início do ano, que apontavam para estagnação do mercado - crescimento zero. Em outubro, a Fenabrave revisou seu prognóstico a um crescimento de 5,6% das vendas.

O desempenho acima do previsto no ano é explicado pelo socorro temporário do governo, que liberou bônus para as compras de automóveis entre junho e julho, junto com a normalização no abastecimento de peças.

Com o fim do programa federal, o mercado passou a ser sustentado pelo relaxamento nas condições de crédito, seguindo os cortes de juros, e pela demanda firme das locadoras, que compram um de cada quatro carros vendidos no País. (Estadão Conteúdo)