Desemprego no Brasil termina 2023 em 7,8%
Dos 100 milhões de trabalhadores, 39% estão na informalidade
O Brasil fechou 2023 com uma taxa de desemprego de 7,4%, segundo os dados da Pnad Contínua, divulgados nesta quarta-feira, 31, pelo IBGE. É o menor patamar no encerramento de um ano desde 2014, quanto o índice estava em 6,6%. Depois disso, o País atravessou a grande recessão de 2015/2016, no governo Dilma Rousseff, e o desemprego cresceu de forma acentuada, atingindo 14,9% em meados de 2020 e no início de 2021, em plena pandemia da Covid-19. Depois disso engatou um novo ciclo de queda.
Na média, a taxa de desocupação no ano passado ficou em 7,8%, recuando 1,8 ponto percentual em relação à média de 2022, quando ficou em 9,6%. É a menor média anual desde 2014, quando ficou em 7%. De acordo com o IBGE, a população desocupada ao final de dezembro, de 8,1 milhões, representa o menor contingente desde o trimestre encerrado em março de 2015.
Além disso, segundo o instituto, a população ocupada (101 milhões) foi novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo 1,1% no trimestre encerrado em dezembro (mais 1,1 milhão) e 1,6% (mais 1,6 milhão) no ano. ‘O nível da ocupação (porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,6%, o mais alto desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, crescendo 0,5 ponto porcentual no trimestre e 0,4 ponto porcentual no ano‘, diz o IBGE, em nota.
De acordo com o IBGE, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) chegou a 37,973 milhões, o recorde da série iniciada em 2012, com alta de 1,6% (mais 612 mil) no trimestre e de 3,0% (mais 1,1 milhão) no ano. Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) ficou estável no trimestre e no ano, bem como o número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões), o de empregadores (4,2 milhões) e o de empregados no setor público (12,2 milhões).
Os números mostram ainda que a taxa de informalidade foi de 39,1% (ou 39,5 milhões de trabalhadores informais), igualando o trimestre encerrado em setembro e superando o mesmo trimestre de 2022 (38,8%).
‘O rendimento real habitual (R$ 3.032) não teve variação significativa na comparação trimestral e cresceu 3,1% no ano‘, diz o IBGE. ‘A massa de rendimento real habitual (R$ 301,6 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica, crescendo 2,1% frente ao trimestre anterior e 5,0% na comparação anual‘, informou o IBGE. (Da Redação com informações Estadão Conteúdo)