IPCA de abril sobe 0,38% ante 0,16% em março
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou abril com alta de 0,38%, ante um avanço de 0,16% em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 1,80% e o resultado acumulado em 12 meses foi de 3,69% até, ante taxa de 3,93% até março.
A alta de 0,38% registrada em abril de 2024 foi o resultado mais baixo para o mês desde 2021, quando ficou em 0,31%.
Os preços do grupo alimentação e bebidas aumentaram 0,70% em abril, após alta de 0,53% em março. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,15 ponto porcentual para o IPCA. A alimentação no domicílio teve alta de 0,81% em abril, após ter avançado 0,59% no mês anterior.
As famílias brasileiras gastaram 1,16% a mais com saúde e cuidados pessoais em abril, uma contribuição de 0,15 ponto porcentual para a taxa de 0,38% do IPCA.
O avanço foi influenciado por reajustes do plano de saúde (0,76%, impacto de 0,03 ponto porcentual), mas, sobretudo, dos produtos farmacêuticos. Em decorrência da autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março, os produtos farmacêuticos aumentaram 2,84% em abril, uma contribuição de 0,10 ponto porcentual para o IPCA.
A queda no preço das passagens aéreas deu a maior contribuição para conter a inflação oficial no País em abril. O subitem recuou 12,09% no mês, um impacto negativo de 0,08 ponto porcentual.
As chuvas no Rio Grande do Sul podem prejudicar a produção de alimentos importantes na cesta de consumo das famílias, como o arroz, mas ainda é preciso aguardar para verificar quais seriam os eventuais impactos nos preços, apontou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
“Nós não fazemos previsão”, frisou Almeida. “As chuvas podem impactar a produção desses produtos, mas, (para saber) como isso vai se refletir nos preços desses produtos a gente precisa aguardar”, avaliou. (Estadão Conteúdo)