Previdência e BPC elevam projeção de déficit

Por Cruzeiro do Sul

Depois de anunciar um congelamento de despesas de R$ 15 bilhões na última semana, o governo federal piorou a projeção de déficit para 2024. A estimativa, anunciada na segunda-feira (22), é de que as contas públicas fechem o ano no vermelho em R$ 28,8 bilhões — no piso do intervalo de tolerância da meta fiscal (o centro da meta seria déficit zero).

O alvo perseguido pelo governo tem uma margem de tolerância de 0,25% do PIB, para cima e para baixo. O déficit de R$ 28,8 bilhões, portanto, é o limite inferior para o seu cumprimento.

As despesas primárias foram revistas para cima em R$ 20,7 bilhões, enquanto as receitas foram cortadas em R$ 6,4 bilhões.

Os gastos obrigatórios foram revistos para cima em R$ 29 bilhões, enquanto os discricionários — não obrigatórios, como custeio e investimentos — foram revistos para baixo em R$ 8,3 bilhões. A principal mudança aconteceu com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que saltou R$ 6,4 bilhões. Logo em seguida, vieram as despesas com a Previdência, com mais R$ 4,9 bilhões. (Estadão Conteúdo)