Desemprego cai para 6,9% no trimestre encerrado em junho

Geração de empregos foi puxada pelo comércio, serviços e setor público

Por Cruzeiro do Sul

Há um ano, taxa de desocupação estava em 8%, segundo o IBGE

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,9% no trimestre encerrado em junho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados ontem (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8%. No trimestre encerrado em maio de 2024, a taxa de desocupação estava em 7,1%.

A geração de empregos no trimestre até junho foi puxada pelos setores de comércio, serviços a empresas e famílias e no setor público, com destaque para a educação pública, disse a coordenadora da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE, Adriana Beringuy. No período, o País gerou 1,63 milhão de postos de trabalho.

Adriana observou que a melhora no mercado de trabalho, com taxa de desemprego em queda que chegou a 6,9% em junho, já reflete um cenário econômico que vai além da recuperação da pandemia de Covid-19.

“Já temos um mercado de trabalho que responde não apenas a um processo pós-pandemia, de recuperação, mas, também, a medidas macroeconômicas e a um processo inflacionário (de queda) que favorecem a atividade econômica e a geração de empregos”, disse a coordenadora da Pnad.

Segundo Adriana, o País já vive um ciclo de aumento de emprego que leva ao aumento da renda da população, o que a permite gastar mais com bens e serviços, criando a demanda necessária à abertura de mais postos de trabalho. “É um mercado de trabalho que vem respondendo bem à melhora do quadro geral das atividades econômicas”, afirmou.

Em paralelo, ela aponta um efeito sazonal positivo sobre emprego no segundo trimestre, quando contratações voltam a acontecer após as dispensas dos trabalhadores temporários chamados no fim do ano e que marcam os primeiros trimestres em geral.

Salário

A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.214 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa alta de 5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 322,6 bilhões no trimestre até junho, alta de 9,2% ante igual período do ano anterior. (Estadão Conteúdo)