Venda de imóveis novos sobe 17% no 2º trimestre

Por Cruzeiro do Sul

Mercado imobiliário mostra crescimento em 2024

O mercado imobiliário teve ampliação dos lançamentos e das vendas nos últimos meses, como mostra a pesquisa divulgada ontem (19) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). O levantamento traz dados de comercialização de imóveis residenciais novos em 221 cidades, incluindo aí todas as capitais e regiões metropolitanas do País.

No segundo trimestre de 2024, os lançamentos foram de 83.930 unidades, o que representa uma expansão de 7% em relação ao mesmo período de 2023. As vendas chegaram a 93.743 unidades, expansão de 17,9%.

Com isso, o mercado imobiliário confirmou a trajetória de crescimento na primeira metade do ano. No primeiro semestre, os lançamentos chegaram a 149.487 unidades, subida de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas totalizaram 180.162 unidades, um crescimento de 15,2%.

Com mais vendas que lançamentos, os estoques de imóveis disponíveis para venda (na planta, em obras e recém-construídos) caíram 11,5% em um ano, indo a 274.303 unidades. Nesse ritmo de vendas, esse estoque seria totalmente consumido em nove meses, caso não houvesse novos lançamentos.

O levantamento da Cbic mostrou que o Minha Casa Minha Vida (MCMV) teve um papel determinante para embalar o crescimento do mercado imobiliário nacional, tendo respondido pela maioria dos novos projetos.

Desde o ano passado, o programa passou por uma série de ajustes, com redução de juros, aumento dos subsídios, ampliação do prazo de financiamento, corte de impostos para os empresários, entre outras medidas que trouxeram apelo aos negócios.

Os lançamentos dentro do MCMV no segundo trimestre de 2024 somaram 44.764 unidades, quase dobrando (alta de 86,7%) em relação ao mesmo período de 2023. Dessa forma, responderam por 53% dos lançamentos totais do mercado, um ganho de participação relevante, considerando que estava em 31% um ano atrás.

Já as vendas do MCMV atingiram 39.332 unidades, um salto de 46,0% na mesma base de comparação anual. Elas responderam por 42% do total de vendas, ante 34% um ano antes. (Estadão Conteúdo)