China lança nave de carga com equipamentos para futura estação espacial
O foguete decolou neste sábado (29) do centro de lançamento Wenchang
A China lançou neste sábado (29) um foguete de carga com provisões para sua futura estação espacial, ainda em construção, após vários atrasos por razões técnicas, reportou a mídia estatal.
Um foguete Longa Marcha 7, de 14 toneladas, levando a nave Tianzhou-2, carregada com alimentos, equipamentos e combustível, decolou do centro de lançamento Wenchang, na província insular de Hainan (sul), reportou a agência Xinhua.
A nave de carga se separou com sucesso do foguete, entrou em órbita e abriu seus painéis solares, acrescentou a Xinhua, citando a agência espacial chinesa.
Estação espacial
A montagem da estação espacial orbital, chamada Tiangong, que significa "palácio celeste", demandará cerca de dez missões.
Espera-se que esteja completamente operacional em 2022 e que permaneça ativa na órbita terrestre por até 15 anos.
Com a possível aposentadoria da Estação Espacial Internacional após 2028, a estação Tiangong poderá se tornar o único posto remoto com humanos na órbita terrestre.
"Em primeiro lugar, precisaremos transportar material de apoio, peças de reposição necessárias e o equipamento e, em seguida, a nossa tripulação", declarou o diretor da agência espacial chinesa, Hao Chun, citado pela Xinhua.
Enquanto a nave cargueira atracar na estação, a China começará os preparativos para enviar três astronautas para desembalar a carga, que inclui alimentos como carne de porco desfiada com molho de alho e frango Kung Pao, segundo a agência.
Investimentos
Pequim investiu bilhões em seu programa espacial, na tentativa de se colocar à altura de pioneiros como Rússia e Estados Unidos, com projetos ambiciosos na órbita terrestre e enviando naves não tripuladas para a Lua e Marte.
As autoridades chinesas afirmaram que estão abertas a que outros países colaborem em sua estação espacial, mas ainda não está claro no que esta cooperação poderia consistir.
Neste mês, o rover chinês Zhurong pousou em Marte e começou a enviar imagens, com o que a China tornou-se o terceiro país - depois de Estados Unidos e Rússia - a conseguir levar um robô teleguiado ao planeta vermelho.