OMS questiona eficácia de lockdowns severos contra novas cepas
É necessário avaliar se os lockdowns severos impostos na China são realmente eficazes contra determinadas cepas do coronavírus, consideradas mais transmissíveis, disse o presidente do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE, na sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS), Alejandro Cravioto. “Tais medidas de proteção não são novas”, destacou, em coletiva à imprensa, após encontro do SAGE sobre revisão de vacinas.
Em sua fala, Cravioto ainda ressaltou que é preciso diferenciar Hong Kong da China continental, e que comentários mais assertivos só serão feitos com mais dados.
Diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS, Kate O’Brien informou que cerca de 65% dos trabalhadores da área da saúde e idosos estão vacinados contra a Covid-19 ao redor do mundo. No entanto, ressaltou que a cobertura de tais grupos, considerados prioritários, é desigual entre países e classes socioeconômicas.
Com a guerra na Ucrânia, O’Brien pontuou que há esforços e programas específicos para lidar com a vacinação, especialmente de crianças, nos países diretamente envolvidos no conflito.
Flexibilização
Xangai reduziu ontem (11) as restrições em alguns bairros da metrópole chinesa após os protestos contra as normas rígidas contra a Covid-19, que provocaram o confinamento de 25 milhões de pessoas.
As autoridades anunciaram que começarão a permitir gradualmente que os moradores das áreas com menos casos deixem suas residências, mas não informaram quantas pessoas poderão sair de suas casas nem quando.
A China segue uma política rígida de “Covid zero”, com o objetivo de eliminar os contágios por meio de confinamentos estritos, testes em larga escala e restrições de deslocamentos.
As autoridades informaram que classificarão as residências ad cidade em três níveis, com base no número de infecções. (Estadão Conteúdo e AFP)