Papa celebra a Missa do Domingo de Páscoa hoje na Praça São Pedro

Por Cruzeiro do Sul

Ontem, o pontífice presidiu a Vigília Pascal no Sábado Santo, com reverência ao silêncio

O Papa Francisco preside hoje (9), no Domingo de Páscoa, a Santa Missa a Ressureição de Jesus, na Praça São Pedro, a partir das 10h na Itália (5h no horário de Brasília). Em seguida, do balcão central da Basílica de São Pedro, a partir do meio-dia (7h no horário de Brasília), o pontífice dará a bênção “Urbi et Orbi”, (locução adverbial latina “à cidade de Roma e ao mundo, a todo o universo”) é a benção de Páscoa, com a qual o Papa se dirige ao público.

Ontem (8), a Vigília Pascal na Noite Santa, que conclui o tríduo, foi presidida às 19h30 na Itália (14h30 no horário de Brasília) pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, reverenciou o silêncio. No Sábado Santo, a igreja medita e reflete Cristo morto para se chegar à noite e celebrar a vitória de Jesus sobre a morte. O padre Maicon André Malacarne, da diocese de Erexim/RS, que está em Roma para cursar mestrado em Teologia Moral na Academia Alfonsiana, disse que “o sábado, dentro da grande celebração do Tríduo Pascal, do centro do mistério da nossa fé, é o dia que nós estamos diante do sepulcro de Jesus. Estamos diante de um amor capaz de amar até o fim. Estamos diante de um amor capaz de amar até a cruz. Estar diante do sepulcro de Jesus crucificado é estar diante das grandes contradições que marcaram e que marcam a história da humanidade e que exige um empenho de transformação”.

A igreja contempla o “‘repouso” de Cristo no túmulo, após o vitorioso combate da cruz, e vive a expectativa na ressureição.

A Irmã Grazielle Rigotti da Silva disse que o “sábado é um dia que por vezes fica no meio do caminho. Entre a sexta e o domingo existe um vácuo, um espaço... Mas somos chamados neste dia a viver a espera. De fato, o sábado não é um dia para ser esquecido, mas para ser saboreado. Quanto tempo faz que você não saboreia o silêncio diante de um mundo tão ensurdecedor e barulhento? Silêncio não necessariamente é vazio. Pode ser gestação, espera e encontro”.

A Vigília Pascal, momento central do calendário litúrgico e considerada a mãe de todas as vigílias por anteceder a festa da Páscoa, faz parte da liturgia da Páscoa da Ressurreição. É também o dia da “crise” da palavra: os próprios Evangelhos não falam nada, pode-se somente imaginar que esse seja o tempo em que o corpo de Jesus permanece no sepulcro, enquanto os apóstolos, sendo um dia de repouso para os judeus, permanecem sem saber o que aconteceria a seguir.

Espaços de silêncio

O Sábado Santo que, como já nos recordou o Papa Francisco, em 2021, foi vivido “no pranto e na perplexidade pelos primeiros discípulos, perturbados com a morte ignominiosa de Jesus. Enquanto o Verbo está em silêncio, enquanto a Vida está no túmulo, aqueles que tinham esperança dele são postos duramente à prova, sentem-se órfãos, talvez até órfãos de Deus. “O sábado é esse dia privilegiado de um silêncio fecundo, verdadeiramente cheio de esperança na vida nova. Silêncio que nos conduz à Vigília Pascal: a luz que vence a escuridão. A vida nova. Jesus ressuscitou. Jesus é vencedor. (Andressa Collet -- Vatican News)