EUA decidem ampliar ajuda militar à Ucrânia
Os Estados Unidos anunciaram, nesta quarta-feira (19), um novo envio de suprimentos militares à Ucrânia, que se prepara para uma contra-ofensiva frente ao exército russo.
A Casa Branca anunciou que o pacote incluirá munições para o sistema de foguetes múltiplos HIMARS e projéteis de artilharia.
‘Como parte de nossos esforços contínuos para ajudar a Ucrânia a se defender da brutal invasão da Rússia‘, o carregamento ‘incluirá munições para os sistemas de foguetes HIMARS e os sistemas antiblindagem fornecidos pelos EUA, bem como projéteis de artilharia adicionais‘, disse a porta-voz do Executivo americano, Karine Jean-Pierre.
O anúncio coincide com o recebimento pela Ucrânia de seus primeiros sistemas de defesa aérea American Patriot e dos tanques leves de batalha franceses AMX-10.
Os países ocidentais também planejam fornecer tanques a Kiev, sobretudo para a contra-ofensiva nos próximos meses, que tem o objetivo de reconquistar os territórios ocupados pelos russos no leste e no sul do país.
Os Estados Unidos lideram um esforço da Otan e outros países aliados para fornecer armas e equipamentos à Ucrânia, após a ofensiva russa que começou em fevereiro de 2022.
Moscou, por sua vez, denunciou a intervenção de Washington no conflito, sugerindo que a Otan está travando uma guerra contra a Rússia em solo ucraniano.
A anúncio dos Estados Unidos veio um dia depois dos principais diplomatas do G-7, grupo formado pelos sete países mais ricos do mundo, prometerem se unir em uma frente contra a invasão da Ucrânia pela Rússia. No encerramento de um encontro no Japão, o grupo divulgou um comunicado em que afirma estar comprometido em ampliar as sanções contra Moscou.
‘Não pode haver impunidade para crimes de guerra e outras atrocidades, como os ataques da Rússia contra civis e infraestrutura civil crítica‘, diz o texto. ‘Continuamos comprometidos em intensificar as sanções contra a Rússia, coordenando e aplicando-as totalmente‘, afirma o comunicado, que ainda reforça o apoio ‘pelo tempo que for necessário‘ à Ucrânia
O comunicado do G-7 também inclui palavras fortes destinadas a conter o que os ministros veem como uma crescente agressividade chinesa e norte-coreana no nordeste da Ásia. Recentemente, a China enviou aviões e navios para simular um cerco a Taiwan. Já a Coreia do Norte testou cerca de 100 mísseis desde o início do ano passado.
O documento dos ministros das Relações Exteriores foi preparado como um modelo para os líderes globais usarem na cúpula do G-7, que será realizada em Hiroshima, no mês de maio. O texto ainda menciona Irã, Mianmar, Afeganistão e a proliferação nuclear como ‘graves ameaças‘. (Da Redação com informações da AFP e do Estadão Conteúdo)