Criador do ChatGPT volta atrás e diz que empresa não tem planos de deixar a Europa

Informação foi divulgada por Sam Altman nesta sexta-feira (26) em seu Twitter

Por Cruzeiro do Sul

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Sam Altman, CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT, voltou atrás em sua afirmação de que a empresa poderia 'deixar de operar' no mercado europeu caso não conseguisse cumprir a regulamentação da inteligência artificial (IA) que está sendo desenvolvida pela União Europeia (UE). Nesta sexta-feira (26), o CEO afirmou que a OpenAI não tem planos de deixar a Europa através de seu Twitter.

"Estamos animados para continuar operando aqui e, é claro, não temos planos de sair", disse o CEO no Twitter. A afirmação veio em meio à semana de reuniões que Altman tem feito na Europa com políticos da França, Espanha, Polônia, Alemanha e Reino Unido para discutir o futuro da IA e do ChatGPT. "Uma semana muito produtiva de conversas na Europa sobre como regulamentar melhor a IA", tweetou ele.

Anteriormente nesta semana, Altman havia afirmado durante uma entrevista coletiva em Londres que a OpenAI faria o possível para cumprir com a nova legislação, mas que, caso não conseguisse, poderia 'deixar de operar' no mercado europeu, segundo o site americano The Verge. O CEO ressaltou que existem limites técnicos para o que é viável no momento.

O projeto da União Europeia propõe que os criadores dos sistemas de IA em grande escala divulguem detalhes sobre o plano de seus sistemas e forneçam resumos dos dados protegidos por direitos autorais usados no treinamento - uma espécie de segredo do funcionamento da tecnologia. No passado, a OpenAI compartilhava esse tipo de informação, mas parou devido ao valor comercial crescente de suas ferramentas. A empresa teme que revelar informações sobre seus métodos de treinamento e fontes de dados possa levar ao uso dos mesmos métodos por parte dos concorrentes.

Além das ameaças comerciais, a exigência de identificar o uso de dados protegidos por direitos autorais pode expor a OpenAI a possíveis ações legais. Os sistemas generativos de IA, como ChatGPT e DALL-E, são treinados usando grandes quantidades de dados coletados da web, muitos dos quais são protegidos por direitos autorais, que, se divulgados, podem processar a empresa.

Os eventos fazem parte da "tour mundial" que o CEO está fazendo. Na última semana, Altman esteve no Brasil, em um evento no Rio de Janeiro, e afirmou que a IA deve trazer riscos e acabar com algumas profissões que existem hoje. (Estadão Conteúdo)