Ex-médico condenado por abusos sexuais em ginastas dos EUA é esfaqueado em prisão
De acordo com a agência de notícias The Associated Press, Nassar está internado em condição estável
Condenado por diversos casos de abuso sexual em ginastas da seleção dos Estados Unidos, o ex-médico Larry Nassar foi esfaqueado por outro presidiário numa prisão federal, de segurança máxima, localizada na Flórida. O caso aconteceu no domingo (9), mas foi divulgado somente no fim desta segunda-feira (10), pela imprensa americana.
De acordo com a agência de notícias The Associated Press, Nassar está internado em condição estável. O ex-médico teria sofrido ataques a faca no peito e nas costas. Os dois seguranças responsáveis pelo setor onde aconteceu o crime estariam fazendo hora extra por falta de funcionários no local.
As pessoas que forneceram as informações à AP não estavam autorizadas a discutir publicamente os detalhes do ataque ou da investigação em andamento. E conversaram com a agência sob condição de anonimato. A penitenciária confirmou apenas que houve um ataque a um dos internos, sem revelar nomes ou condição clínica.
Nassar está cumprindo décadas de prisão por condenações em tribunais estaduais e federais. Ele admitiu ter abusado sexualmente de atletas, a maioria menores de idade, quando trabalhava na Universidade de Michigan e na seleção americana de ginástica, com sede em Indianápolis. O ex-médico também se declarou culpado em um caso separado por possuir imagens de abuso sexual infantil.
Algumas das vítimas de Nassar se tornaram famosas mundialmente em razão dos grandes resultados esportivos, caso de Simone Biles, Aly Raisman e McKayla Maroney, todas campeãs olímpicas que testemunharam contra Nassar em setembro de 2021. Naquele mesmo ano, as atletas fizeram acordo de US$ 380 milhões (equivalente a R$ 1,85 bilhão, na cotação atual) com a federação americana de ginástica. A Universidade de Michigan aceitou pagar US$ 500 milhões (em torno de R$ 2,4 bilhão) para as centenas de vítimas de Nassar. (Estadão Conteúdo)