Nos EUA, mulher paga assassino para matar seu ex-marido e cai em golpe

Ela admitiu ter contratado um assassino na internet por 12 bitcoins em 2016

Por Cruzeiro do Sul

12 bitcoins valem aproximadamente R$ 1,66 mi em valores de hoje

Uma mulher moradora do Estado de Nevada, nos Estados Unidos admitiu ter contratado um assassino na internet, em 2016, por 12 bitcoins (aproximadamente R$ 1,66 mi em valores de hoje) na época, para matar seu ex-marido "e fazer com que parecesse um acidente". Ela foi condenada a cinco anos de prisão.

Kristy Lynn Felkins, 38, de Fallon, Nevada, se declarou culpada, em março, de uma acusação de assassinato de aluguel como parte de um acordo com promotores federais que evitou o julgamento, segundo os registros do tribunal. Um juiz do Tribunal Distrital dos EUA na Califórnia também ordenou na quinta-feira passada, 20, que ela seja libertada sob supervisão por três anos depois de cumprir sua sentença de prisão.

Kristy Felkins começou a se comunicar com uma pessoa em fevereiro de 2016 em um site de assassinos da rede Tor, que é um serviço anônimo da Internet conhecido informalmente como "dark web". O site dizia oferecer serviços de assassinato de aluguel, de acordo com sua acusação de setembro de 2020. Felkins queria que seu ex-marido fosse morto enquanto ele viajava para Chico, cidade na Califórnia, e deu aos supostos assassinos o endereço exato do homem.

As autoridades descreveram o site como uma farsa que simplesmente tirava dinheiro de clientes desavisados. Em uma declaração admitindo sua culpa que foi registrada no tribunal como parte de seu acordo judicial, Kristy disse que se ofereceu para pagar US$ 4 mil extras para acelerar o cronograma do plano de assassinato em março de 2016. Ela também admitiu ter dito que "não se importava" se a nova namorada de seu ex-marido "fosse prejudicada durante o assassinato".

Kristy disse que esperava receber um grande pagamento de seguro de vida após a morte de seu ex-marido, por isso pediu que o assassinato para parecer um acidente. De acordo com seu depoimento, ela perguntou ao suposto assassino se era "possível fazer parecer que foi um assalto que deu errado?".

A mulher foi condenada a se entregar em setembro para começar a cumprir sua sentença de prisão. (Estadão Conteúdo)