Execução de candidato no Equador é momento inédito, diz especialista
Villavicencio foi assassinado a tiros na saída de evento em Quito
O assassinato do candidato à Presidência do Equador, Fernando Villavicencio, ocorrido nessa quarta-feira (9), representa um momento inédito na história do país, avalia Maria Villarreal, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do programa de pós-graduação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). O candidato foi assassinado a tiros na saída de um evento de campanha eleitoral em Quito.
"O Equador, até 2017, era considerado o segundo país mais seguro da América Latina. Essa onda de violência que o país está experimentando é relativamente recente e muito grave. O assassinato do candidato ocorreu num contexto de crescente violência política. Só para se ter uma ideia, nesse último ano, quatro candidatos de governos locais foram assassinados e vários sofreram atentados. São candidatos de diversas tendências políticas", disse a professora.
Após o assassinato, o presidente do Equador, o conservador Guillermo Lasso, decretou estado de emergência no país durante 60 dias. Foram ainda decretados três dias de luto nacional.