Equador declara estado de exceção após assassinato de candidato à Presidência
O atentado também deixou nove feridos, incluindo uma candidata a deputada
O Equador declarou estado de exceção nesta quinta-feira, 10, após o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, de 59 anos, segundo colocado nas pesquisas para as eleições de 20 de agosto. Ele foi morto na noite de quarta-feira, em Quito.
A medida decretada pelo presidente Guillermo Lasso, que permite o patrulhamento de militares nas ruas do país afetado pela violência ligada ao narcotráfico, busca garantir o desenvolvimento da votação, cuja data foi mantida.
Candidato dos movimentos de centro Construye e Gente Buena, que havia denunciado ameaças contra ele e sua equipe de campanha na semana passada, Villavicencio morreu baleado quando deixava um centro poliesportivo na zona norte da capital, após um comício.
Lasso atribuiu o ataque a membros do ‘crime organizado‘ e advertiu que os responsáveis receberão ‘todo o peso da lei‘. ‘Este crime não ficará impune‘, garantiu.
O atentado também deixou nove feridos, incluindo uma candidata a deputada e dois policiais. Um suposto atirador também morreu na troca de tiros com seguranças, e seis pessoas foram detidas, segundo o Ministério Público.
O ex-jornalista era um dos oito presidenciáveis nas eleições gerais antecipadas no Equador. Por décadas, o país foi um oásis de paz na América do Sul, mas isso mudou há alguns anos, devido a ligações com cartéis mexicanos e colombianos.
A taxa anual de homicídios no Equador quase dobrou em 2022 para 25 homicídios por cem mil habitantes. As chacinas em presídios deixaram mais de 430 detentos mortos desde 2021. (AFP)