Pássaro pré-histórico considerado extinto retorna à natureza
A ação foi celebrada pelos defensores ambientais do país, que reúnem esforços para aumentar o número da espécie
Dois pássaros takahe, uma espécie nativa da Nova Zelândia que já foi considerada extinta, foram libertados em um santuário da capital Wellington, na segunda-feira (28). A ação foi celebrada pelos defensores ambientais do país, que reúnem esforços para aumentar o número da espécie e estabelecer populações selvagens autossustentáveis.
O takahe é um pássaro terrestre -- suas asas são usadas só para exibição no namoro ou para demonstrar agressão. Ele é característico por pernas vermelhas, assim como o seu bico, considerado grande e forte. As penas do takahe variam em tons de azul escuro, turquesa e verde oliva. Segundo o Te Ara (uma enciclopédia online do governo local sobre o país), há vários milhões de anos, os seus antepassados voaram da Austrália para a Nova Zelândia, onde, sem predadores terrestres, o takahe tornou-se incapaz de voar.
De grande valor cultural e espiritual para os neozelandeses, especialmente para o Ngai Tahu, que é o principal Maori (o povo nativo da Nova Zelândia) da Ilha Sul, o animal foi considerado extinto em 1898. Entretanto, um pequeno grupo do pássaro foi redescoberto em 1948, nas montanhas Murchison.
A redescoberta do takahe incentivou a criação do programa de espécies ameaçadas mais antigo da Nova Zelândia, de acordo com o Departamento de Conservação do País. Medidas para garantir que eles não sejam mais considerados extintos incluíram técnicas como reprodução em cativeiro, translocações de ilhas e libertações selvagens. Hoje, a espécie é classificada como “Nacionalmente Vulnerável”, e o Departamento de Conservação da Nova Zelândia estima uma população de 400 pássaros.