Estradas fechadas atrasam resgate de vítimas de tremor em Marrocos
O abalo sísmico de magnitude 6,8 matou mais de 2,1 mil pessoas
Equipes de resgate correm contra o tempo para chegar a áreas remotas para resgatar sobreviventes do pior terremoto dos últimos 100 anos que atingiu Marrocos, na sexta-feira (8). Estradas bloqueadas e a lentidão do governo em pedir ajuda prejudicam os trabalhos. O tremor de magnitude 6,8 matou mais de 2,1 mil pessoas.
Isolamento
A extensão dos danos e o número definitivo de vítimas estão longe de serem determinados, já que as comunidades mais atingidas estão nas montanhas do Alto Atlas, onde o acesso está bloqueado por escombros e rachaduras no solo. O serviço telefônico e o fornecimento de eletricidade foram interrompidos.
Imagens de TV mostraram ontem helicópteros transportando ajuda para áreas remotas, onde muitas casas são feitas de tijolos de barro, um método de construção tradicional e vulnerável. Os próximos dias, segundo especialistas, sejam cruciais para o resgate. "Os edifícios danificados representam um perigo e alto risco para quem tenta ajudar", disse Caroline Holt, diretora da Cruz Vermelha.
A tragédia provocou comoção internacional. Países Turquia, França e EUA ofereceram ajuda humanitária. No entanto, o governo marroquino está hesitante e deu sinal verde apenas para Espanha e Qatar. A lentidão na resposta ao terremoto também prejudica os trabalhos de resgate.
Milhares de marroquinos dormiram ontem nas ruas ao relento após suas casas terem sido destruídas. Em algumas áreas montanhosas, a própria população busca sobreviventes entre os escombros, enquanto as equipes de resgate não chegam.
Futebol
O amistoso da seleção olímpica do Brasil contra Marrocos, que seria realizado hoje, foi cancelado. O anúncio da CBF veio após a decisão da federação marroquina de jogar com os portões fechados por causa do terremoto.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Estadão Conteúdo)