Milei garante que fim do Banco Central é 'inegociável'
Promessa de campanha foi reafirmada em meio aos boatos de que Luis Caputo, aliado do ex-presidente Mauricio Macri, deve ser indicado como ministro da Economia do governo
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, disse nesta sexta-feira (24), que o fechamento do Banco Central é "inegociável". A promessa de campanha foi reafirmada em meio aos boatos de que Luis Caputo, aliado do ex-presidente Mauricio Macri, deve ser indicado como ministro da Economia do governo.
O nome não foi anunciado, mas é dado praticamente como certo pela imprensa local. O Clarín destaca até que Caputo já está "trabalhando como se fosse ministro" ao noticiar um encontro dele com banqueiros para discutir a crise.
A possível nomeação foi celebrada pelo mercado, mas colocou em dúvida as promessas do libertário. Caputo é mais moderado que o presidente eleito e já criticou a dolarização da economia - medida que deve avançar junto ao fechamento do Banco Central, segundo Milei. "Diante dos rumores, queremos esclarecer que o fechamento do Banco Central não é uma questão negociável", afirmou ontem o gabinete de Milei, em comunicado no X (antigo Twitter).
Com a aproximação com Macri, o presidente eleito tenta garantir alguma governabilidade no Congresso. Seu partido, o Liberdade Avança, elegeu apenas 38 deputados de um total de 257, além de 8 dos 72 senadores. (Estadão Conteúdo, com agências internacionais)