Operação deixa nove supostos traficantes mortos no Paraguai
Ação foi realizada na fronteira com o Brasil pelos dois países
Um total de nove supostos traficantes de drogas foram mortos e 10 foram capturados ontem (19) em uma operação em Salto del Guairá, cidade paraguaia na fronteira com o Brasil localizada 500 km a nordeste da capital Assunção, informou a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad). A operação contou com a participação da Polícia Federal do Brasil.
“O golpe na estrutura criminosa é bastante considerável. Seu exército foi desarticulado: nove integrantes foram mortos e 10 foram detidos”, informou a jornalistas o porta-voz da Senad, Francisco Ayala.
Uma força conjunta de militares e policiais realizou uma operação em uma fazenda de luxo, onde o brasileiro Ricardo Luis Picolotto, conhecido como “R7”, foi detido após um confronto sangrento, disse em uma coletiva de imprensa o chefe antidrogas Javier Rachid.
Ele é supostamente um chefe do tráfico dedicado a abastecer elementos do Primeiro Comando da Capital (PCC), um dos principais grupos do crime organizado no Brasil, com armas e drogas, explicou Rachid.
As autoridades não divulgaram a identidade dos mortos, mas o chefe antidrogas antecipou que entre eles há vários de nacionalidade brasileira.
Picolotto é apontado como sócio do traficante paraguaio Felipe Santiago Acosta, conhecido como “Macho”, o homem mais procurado pela polícia paraguaia.
Na fazenda invadida, as autoridades apreenderam uma quantidade significativa de munições, cerca de 40 armas automáticas (incluindo uma antiaérea), coletes à prova de balas, rádios e celulares, além de uma dezena de veículos de luxo, de acordo com o relatório.
A chamada Operação Ignis começou antes do amanhecer de ontem na fazenda localizada no departamento de Canindeyú, perto do lago Itaipu, correspondente à grande represa hidrelétrica compartilhada entre o Paraguai e o Brasil.
Na segunda-feira (18), forças combinadas de militares e policiais haviam entrado de surpresa na prisão de Tacumbú, em Assunção, para retirar de lá o “Rei” do microtráfico, Javier Armando Rotela. A incursão deixou 12 mortos, sendo 11 presos e um policial. (AFP)