Oposição venezuelana convoca mais protestos

Por Cruzeiro do Sul

A oposição venezuelana pediu ontem (16) à população para “manter a batalha” em manifestações de rua contra a contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro, que consideram fraudulenta, em meio à pressão internacional.

Maduro foi proclamado reeleito para um terceiro mandato de seis anos, até 2031, com 52% dos votos. No entanto, a autoridade eleitoral, acusada de servir ao chavismo, não divulgou detalhes da apuração, o que gera dúvidas até entre aliados como o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou o governante venezuelano de “autoritário”.

A oposição liderada por María Corina Machado afirma ter provas da vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia, e convocou para hoje (17) uma marcha em Caracas e em mais de 300 cidades em um “grande protesto mundial pela verdade”.

Lula classificou ontem (16) o governo de Nicolás Maduro como um “regime muito desagradável” e com “viés autoritário”, insistindo na apresentação das atas de votação para reconhecer o vencedor das eleições no país.

“Eu acho que a Venezuela vive um regime muito desagradável”, disse Lula em uma entrevista à Rádio Gaúcha.

O presidente brasileiro declarou que não considera o país como uma ditadura, mas um “governo com viés autoritário”.

Lula sugeriu na quinta-feira (15) que Maduro convocasse novas eleições, uma proposta corroborada por presidente da Colômbia, Gustavo Petro, mas rejeitada por Maduro e a oposição.