Espanha reforça equipes de ajuda a vítimas de enchentes

Há busca por desaparecidos e pressa para suprir água e alimentos

Por Cruzeiro do Sul

Bombeiros procuram por corpos no fundo de túneis

O governo espanhol anunciou que vai enviar mais 10 mil soldados e policiais para procurar pessoas desaparecidas e distribuir ajuda nas áreas devastadas pelas inundações, que deixaram pelo menos 211 mortos.

O presidente do governo Pedro Sánchez descreveu o acontecimento como a “maior catástrofe natural da história recente” da Espanha e “a segunda enchente com mais vítimas na Europa deste século”. O governo antecipa que o número de mortos vai aumentar, já que o número de desaparecidos é alto, e ainda há corpos presos em carros amontoados nas estradas e estacionamentos.

As tempestades de terça-feira (29) despejaram em poucas horas uma quantidade de água equivalente à que cai num ano. As inundações destruíram pontes, varreram casas e arrastaram centenas de veículos, que dificultam o deslocamento dos serviços de emergência.

Diante do desamparo da população, que continua procurando desaparecidos, pedindo água e alimentos, Sánchez admitiu estar “consciente de que a resposta não está sendo suficiente.”

“Sei que há problemas e carências graves, que ainda há serviços interrompidos, municípios soterrados”, disse Sánchez, que ainda assim enviou uma mensagem de esperança e pediu aos espanhóis que escrevam “mais um capítulo de superação e resistência na história de nossa nação”.

Nas cidades de Alfafar e Sedaví, região metropolitana de Valência, os moradores ainda retiravam a lama de suas casas ontem (2). Ainda sem a presença do exército nas regiões, os bombeiros tentavam extrair água de garagens e túneis em busca de vítimas. (AFP)