Sorocaba tem 14 casos confirmados de sarampo
Sorocaba tem 14 casos de sarampo confirmados em 2019. A informação foi divulgada ontem pela Secretaria Municipal da Saúde (SES), por meio do boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde (SES). Em uma semana, houve aumento de dois casos. No dia 12 deste mês, o número era de 12 casos na cidade. O primeiro foi confirmado em maio.
Ainda conforme o último boletim, foram 72 notificações, 37 em investigação, 14 confirmados e 21 descartados. Segundo a SES, diante das confirmações, ações de bloqueio foram realizadas por equipes de saúde, com o objetivo de identificar todas as pessoas que tiveram contato com os pacientes no período de transmissão.
De acordo com a SES, em Sorocaba, dos casos confirmados da doença 12 são homens, com idades entre quatro meses e 73 anos. A pasta informa ainda que os 14 casos estão distribuídos por todas as áreas do município.
Segundo o Ministério da Saúde, a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), conta com cinco cidades na lista de municípios com surto de sarampo: Sorocaba (14 casos), Itapetininga (1), Itu (2), Piedade (1) e Araçariguama (3). No início da semana, as cidades de Votorantim e Capela do Alto chegaram a constar na lista do Ministério da saúde com registro de casos mas foram retiradas na atualização de ontem. Por meio de nota, a Prefeitura de Votorantim afirmou que nenhum caso foi registrado na cidade e que ainda aguarda a confirmação de oito casos suspeitos.
A Prefeitura de Piedade contesta a informação do Ministério da Saúde de que a cidade tem um caso confirmado. "A Prefeitura de Piedade informa que não existe surto de Sarampo em Piedade, esclarecendo notícia divulgada pela imprensa regional nos dias 20 e 21 de agosto. A Diretoria Municipal de Vigilância em Saúde de Piedade garante que não há casos confirmados, existem dois casos suspeitos de Sarampo em investigação que aguardam resultado final de exame. Explica, ainda, que para ter a confirmação é necessário que cada paciente passe por três exames (dois de sorologia e um específico) e esses procedimentos estão em andamento. Em contato com a Diretoria Regional de Saúde (DRS) de Sorocaba, a Diretoria de Vigilância em Saúde de Piedade informa que o cruzamento de banco de dados de cidades com surto registrado pelo Ministério da Saúde o qual consta Piedade está incorreto, uma vez que quem abastece o Sistema de Informação de Agravo de Notificação é o próprio município", diz nota oficial da cidade.
A principal medida para evitar a introdução e transmissão do vírus do sarampo é a vacinação da população suscetível. A SES também orienta que as pessoas que apresentem sintomas como febre, manchas vermelhas no corpo associadas a sintomas respiratórios, procurem atendimento médico e sigam as orientações de afastamento do convívio social enquanto estiverem no período de transmissão.
Casos de dengue chegam a 1.020
Sorocaba já registrou em 2019, segundo a SES, 1.020 casos de dengue, conforme o último boletim epidemiológico divulgado ontem. Do total, 85,3% (871) são autóctones, ou seja, a doença foi contraída na cidade; além de 104 importados e 45 indeterminados. Em relação ao boletim anterior, os casos de dengue na cidade passaram de 1.009 para 1.020, ou seja, aumento de 11 novos. Até o momento foi confirmado um óbito pela doença, ocorrido em junho último, sendo uma paciente de 54 anos, do sexo feminino. Segundo a SES, o momento é considerado período intersazonal, quando é esperado menor ocorrência de casos confirmados.
Em 2019 a cidade também registrou até o momento 71 casos de chikungunya (63 autóctones, 4 importados e 4 indeterminados) e um caso importado de febre amarela, infectado na cidade de Cajati. Nenhum caso de zika foi registrado.
De acordo com a SES, Sorocaba apresentou a 2ª queda consecutiva no índice larvário geral do município neste ano. No mês de julho, a cidade reduziu para 1,5% a classificação de infestação por Aedes aegypti, considerado como sinal de alerta. Houve redução do indicador em relação a avaliação realizada em maio quando o índice era de 3,6% e em janeiro quando atingiu 4,4% sinalizando a situação de risco.
A Avaliação de Densidade Larvária (ADL) é uma atividade de vistoria dos imóveis na cidade de forma amostral, que tem por objetivo quantificar a infestação de mosquitos em todas as áreas da cidade. O estudo permite direcionar as ações de prevenção e controle do mosquito na cidade, concentrando as ações em áreas com maiores índices de infestação.
Crianças devem receber dose extra
A partir de amanhã, todas as crianças de seis meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo em todo o País. Essa medida preventiva deve alcançar 1,4 milhão de crianças, que não receberam a dose extra, chamada de “dose zero”, além das previstas no Calendário Nacional de Vacinação, aos 12 e 15 meses. Para isso, o Ministério da Saúde irá enviar 1,6 milhão de doses a mais para os Estados. O objetivo é intensificar a vacinação desse público-alvo, que é mais suscetível a casos graves e óbitos.
A ação é uma resposta imediata do Ministério da Saúde em decorrência do aumento de casos da doença em alguns Estados. Na terça-feira (20), o Ministério da Saúde divulgou novo boletim com os casos de sarampo. O Brasil registrou, nos últimos 90 dias, entre 19 de maio a 10 de agosto de 2019, 1.680 casos confirmados de sarampo, em 11 Estados, em São Paulo são 1.662 casos. O coeficiente de incidência da doença foi de 0,80 por 100.000 habitantes.
“O Ministério da Saúde está fazendo uma medida preventiva. Nós estamos preocupados com essa faixa etária porque em surtos anteriores foram as crianças menores de um ano que evoluíram para casos mais graves e óbitos”, esclareceu o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.
A chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ª dose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela. (Ana Cláudia Martins, com informações do Ministério da Saúde)