Pintor, pedreiro e eletricista, três profissões em alta
Em Sorocaba há centenas de pintores residenciais que foram lembrados pelas lojas de tintas, recebendo homenagens pela comemoração da data
Há três profissões que dificilmente qualquer família deixará de usar na sua residência. Uma é realizada pelo profissional de pintura, outra pelo pedreiro e a terceira é o eletricista. Atualmente existe uma nova modalidade de prestação de serviços que propõe executar as três atividades através de empresas empreiteiras e há também os chamados “maridos e esposas de aluguel” que inclusive cuidam da parte de hidráulica em pequenos reparos.
Dia 18 de outubro foi comemorado o “Dia do Pintor”. Em Sorocaba há centenas de pintores residenciais que foram lembrados pelas lojas de tintas, recebendo homenagens pela comemoração da data. Um desses profissionais é o Amarildo Aparecido Andrade Santos. O seu trabalho de pintor de casas e apartamentos já tem 13 anos, desde que iniciou após se aposentar de empresa metalúrgica. Amarildo estudou e se formou como técnico de processos de produção no Serviço Nacional da Indústria -- Senai. A sua habilidade de trabalho manual vem desde a sua juventude onde aprendeu várias profissões. Na indústria metalúrgica ficou 20 anos. Com 60 anos de idade, tem se dedicado a ser pintor como opção escolhida para aumentar os ganhos à sua família. Amarildo é casado há 35 anos com Maria Aparecida Andrade Santos. O casal tem dois filhos, a Camila e o Bruno Henrique. Gosta de cozinhar e preparar pratos saborosos à família, como o risoto. Jogar futevôlei com os amigos em quadra perto da sua casa no jardim Abaeté e frequentar no mesmo bairro o Santuário de Santa Filomena faz parte da sua rotina semanal.
Marcos Roberto Talpo é “marido de aluguel”. Quase aposentado, trabalhou 15 anos como encarregado geral de manutenção e com grande experiência profissional em serviços empresariais. Como eletricista, Marcos tem uma agenda repleta de atendimento domiciliar. A novidade da profissão de “marido de aluguel” surgiu no Brasil por volta de 2013. O objetivo foi atender o público alvo mulheres, cujos pequenos reparos eram necessários com emergência e não dispunham de mão de obra especializada no lar. A “esposa de aluguel” ou o “marido de aluguel” tem feito sucesso no Brasil. Consertar chuveiros, trocar lâmpadas, substituir instalações de vazamento de água, como descargas de banheiros e reformas gerais são parte do cardápio desses profissionais. O curioso é que hoje esse negócio está tão profissionalizado que os “maridos e esposas” de aluguel cobram por serviço, por hora e por tarefa. O uso de materiais de segurança e ferramentas adequadas além da apresentação pessoal do prestador de serviços faz a diferença na credibilidade. Marcos Roberto tem essas qualidades. Desde quando era motorista de caminhão, aprendeu na disciplina e responsabilidade a ser um profissional de respeito no que faz. Marcos é casado com Miriam Pazzeti e o casal tem quatro filhos. A filha estuda Direito em Franca. Há quatro anos como “marido de aluguel”, a sua especialidade é elétrica, mas como ele mesmo afirmou: “faço todo tipo de serviço de manutenção residencial”.
O município de Riacho das Almas no Estado de Pernambuco tem entre os seus cidadãos eméritos o José Domingos dos Santos. Com pouco mais de 20 mil habitantes, essa cidade foi inicialmente denominada Trapiá, em 1909. Desmembrada de Caruaru em 1953, Riacho das Almas viu nascer em 25 de dezembro de 1957 o bebê que hoje é um profissional de destaque em Sorocaba, o pedreiro José Domingos.
A sua primeira construção foi a casa que uniu a sua vida conjugal com a noiva Maria Rosenilda da Silva Santos na sua cidade natal. São 44 anos de casados em 2022. Rosenilda se lembra de que foi o próprio noivo Domingos que produziu os tijolos e construiu o seu lar. Essa determinação do Domingos trouxe anos depois do casamento, o casal para morar em Sorocaba, na Vila Rica. Hoje com 64 anos de vida, Domingos usou o seu dom de pedreiro para também construir a sua casa na cidade. Perguntei ao Domingos o que essa profissão representa para a sua vida. “Ele respondeu que esta profissão de pedreiro representa tudo, pois através dela ele criou os três filhos e ajudou na formação deles”. “E até hoje consegue o sustento da família com este honroso trabalho. E reafirmou que tem muito orgulho e gosta muito do que faz em 46 anos de profissão”.
Com três filhos, Débora Denilde, Ricardo José e Davi Aparecido e quatro netos, Domingos e Rosenilda valorizam a fé da família em Deus para tudo o que já conquistaram.
Atualmente, Domingos está participando da construção de uma casa de idosos.
Vanderlei Testa (artigovanderleitesta@gmail.com) é jornalista e publicitário e escreve às terças-feiras no jornal Cruzeiro do Sul