‘F*’ que caiu como uma bomba

Por mais panos quentes que se queira colocar, algo de podre já poluiu o ambiente político e moral do País

Por Cruzeiro do Sul

Senador ficou indignado após a fala desastrosa de Lula

Não foi uma fala aleatória dita por alguém sem relevância. Qual é análise que se faz quando o presidente da República do Brasil, a maior autoridade constituída do País, diz, em entrevista ao vivo ao site Brasil 247, que “só vai ficar bem quando f* com o Moro”. A fala de Luiz Inácio Lula da Silva caiu como uma bomba em todos os setores sérios da Nação e se constitui em uma grave ameaça verbal com repercussões inimagináveis. Por mais panos quentes que se queira colocar, algo de podre já poluiu o ambiente político e moral do País. Foi uma fala infeliz, mas que não escondeu o ódio, a sede de vingança.

Ainda mais quando é revelado, pela Polícia Federal, a descoberta de um plano elaborado pela organização criminosa PCC para matar um ex-juiz e sua família, além de um outro promotor e do sequestro de várias outras autoridades.

A confissão do plano de vingança de Lula contra Moro, que fora alimentado por ele enquanto estava preso em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro, corrobora com todo o ódio demonstrado durante a campanha eleitoral e após a eleição também, com discursos contundentes.

Na entrevista, um Lula “sincerão”, sem se dar conta do quanto sua fala estava envolta a uma verdadeira confissão, falou sobre seus sentimentos construídos dentro da carceragem da Polícia Federal, na capital do Paraná: “De vez em quando um procurador entrava lá de sábado, ou de semana, para visitar, [para ver] se estava tudo bem. Entravam três ou quatro procuradores e perguntava ‘tá tudo bem?’. Eu falava ‘não está tudo bem. Só vai estar bem quando eu f* esse Moro’”. Ao se dar conta da palavra que usou no último trecho da fala, o presidente riu e pediu para que o termo fosse cortado. Era tarde demais!

A verdade é que aquela pregação de que o “amor venceu o ódio” não procede nem pouco. É nítido que o presidente está colocando em prática a tática defendida pelo grupo raivoso do PT, entre os quais estão ministros e líderes do partido. Ou seja , gente do governo. Ao que parece, a ideia fixa é retaliar quem não pensa igual e, ainda mais, àqueles que, de uma forma ou de outra, trabalharam para que Lula fosse condenado e preso durante a operação Lava Jato. Desse modo, parece claro que o PT, ao almejar a volta ao poder, não tinha em mente um projeto de governo, como definiu o jornalista José Roberto Guzzo, e sim uma ação de vingança.

Na quarta-feira (22), a Polícia Federal (PF) tornou pública a Operação Sequaz contra uma quadrilha ligada ao PCC que pretendia atacar servidores públicos e autoridades, planejando assassinatos e extorsão mediante sequestro em quatro Estados e no Distrito Federal. Ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Sergio Moro -- atual senador da República pelo União Brasil do Paraná --, era um dos alvos da facção. Investigadores do caso desconfiam que o objetivo da ação criminosa era o sequestro do senador; sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP); e dos filhos -- além de um outro promotor de Justiça e de várias outras autoridades --, que seriam mantidos reféns para obrigar o Estado a negociar a libertação do líder do PPC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, ou sua retirada do sistema penal federal. Caso, contrário, seriam todos mortos. E moro e sua família estariam enfim f*.

Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e nos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e São Paulo.

Nesta quinta-feira (23), dentro da repercussão de sua fala e da ação da Polícia Federal, o presidente Lula disse achar que tudo é mais “uma armação” de Moro. Como assim!? O ex-vice-presidente Hamilton Mourão também entrou na discussão que ganhou as redes sociais e escreveu: “Quando o presidente da República tem por objetivo f* um magistrado que cumpriu sua função, ele mostra todo o seu desprezo pelo Estado Democrático de Direito. Na realidade, ele está f*... o seu País”, disse.

Afinal, onde está a verdade? Qual é o plano? O que está acontecendo no País? O que mais vem por aí? Quem vai pagar a conta? Com a palavra os que têm as respostas.