Instituto Magnus doa 12 cães-guias em 2019
O último mês de 2019 chegou e, com ele, as retrospectivas de tudo o que aconteceu ao longo do ano são um dos assuntos mais vistos na internet e redes sociais. E, conforme pede a tradição, a reportagem de dezembro irá trazer os momentos mais importantes abordados nesta série.
A primeira reportagem produzida foi pensada para introduzir o assunto cão-guia e como o Instituto Magnus atua neste seguimento. Em março deste ano, a reportagem “Instituto capacita filhotes para o treinamento de cães-guias” apresentou Zuma, Senna e Olívia, todos eles passando pelo processo de formação para se tornarem os olhos de uma pessoa com deficiência visual.
O trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Instituto, desde 2015, colabora para que o número de cães-guias seja cada dia maior, em relação ao número de pessoas com deficiência visual no País - cerca de 7 milhões. A quantidade, atualmente, gira em torno de 200 cães em todo o Brasil, o que enfatiza a necessidade de continuar com este trabalho.
Zuma era a mais nova da turma acompanhada durante a série cão-guia. A labradora preta virou notícia quando tinha apenas três meses de vida. Ela está sendo socializada por Sidinéia Venancio dos Santos, a responsável na família socializadora pela filhote.
Na primeira reportagem, o futuro cão-guia Senna também foi devidamente apresentado. Vera Lúcia de Arruda Oliveira foi a responsável pela socialização do labrador de pelagem bege. Ao lado da dona de casa, Senna pode conhecer diversos ambientes e pessoas, proporcionando muitas experiências ao futuro cão-guia.
Como de costume, Olívia, que já estava passando pelo treinamento para se tornar cão-guia no Instituto, também foi assunto na reportagem. Depois de ser socializada por Amanda Fabiana de Albuquerque Goes, Olívia passou a atender os comandos do instrutor de cão-guia George Thomas Harrison, que cuidou de treiná-la para ser um cão-guia.
No mês seguinte, em abril, conhecemos a história da cão-guia já formada Baduska, que atua ao lado do tutor Murilo Henrique Delgado Mariano. A reportagem acompanhou a rotina da dupla, que é mantida junto da família de Murilo, a esposa Jady Oliveira de Lima, que é uma pessoa com deficiência visual, e Emanuele, filha do casal de quatro anos, que não possui deficiência visual.
No mesmo mês, Senna conheceu diversos locais durante a socialização com Vera, como, por exemplo, o Lar São Vicente de Paula, uma casa de repouso para idosos. Lá, ele teve o contato com idosos, inclusive acamados, e pode levar um pouco de carinho aqueles que precisavam. Zuma também conheceu um supermercado da cidade, onde acompanhou a socializadora Sidinéia nas compras.
Em maio, a reportagem foi direcionada para apresentar o trabalho feito pelo labrador Charlie. A parceria mais que certeira ocorreu com o Emerson Neves, morador de Itu e mantém uma rotina para lá de agitada.
Além de paratleta, o tutor também faz faculdade, trabalha como consultor e precisa abrir um espacinho na agenda para a academia e os treinos de natação. Tudo isso, claro, na companhia do gigante Charlie.
No mês seguinte, em junho, a reportagem mostrou o Instituto Magnus. Cada cantinho do local é pensado para que a formação do cão-guia, desde o seu nascimento até a entrega para a pessoa com deficiência visual, ocorra com excelência e bem-estar do cão. Localizado em Salto de Pirapora, o Instituto possui diversos espaços, como a maternidade, o canil, o hotel e até um memorial.
Em julho apresentamos a história do Chicó, cão formado pelo Instituto Magnus que trabalha guiando o Carlos Eduardo, funcionário de uma empresa de tecnologia em Campinas. O trabalho adaptado do programador é feito com o auxílio de fones de ouvido. O aparelho garante audiodescrição do conteúdo que é projetado na tela do computador.
O assunto “apego” foi o tema da reportagem de agosto, que explicitou a questão em relação as pessoas interessadas em se tornarem socializadoras ou as que já foram socializadoras e como lidaram com essa questão.
Em setembro, depois de passar por todos os processos de formação de um cão-guia, a labradora Olívia ganhou um tutor. Ela está guiando Gabriel Vicalvi e, juntos, os dois mantêm uma rotina de muito carinho e cumplicidade.
A questão das legislações que regulamentam o acesso de um cão-guia, seja em socialização ou já formado, foi o tema de outubro. A lei federal nº 11.126, estabelecida em 27 de junho de 2005, regulamenta a permanência do cão-guia em qualquer ambiente de uso público ou privado de uso coletivo.
As reportagens evidenciaram, ao longo dos meses, a importância do trabalho da socialização. Porém, muitos não podem contribuir com a causa cão-guia desta maneira. E foi justamente este o tema da matéria de novembro: outras maneiras de contribuir com o Instituto Magnus. A divulgação é uma delas, assim como o programa de voluntariado existente no Instituto.
O ano para o Instituto
Assim como o balanço apresentado acima, o ano para o Instituto foi de muitas conquistas. Ao todo, foram entregues 12 cães-guias para pessoas com deficiência visual, em diferentes localidades do País. Confira abaixo os cães entregues e as cidades onde eles estão trabalhando:
- Ema - São Paulo
- Etna - São Paulo
- Elis - São Paulo
- Jade - Rio de Janeiro (Niterói)
- Johnny - São Paulo
- Flor - São Paulo
- Xarife - Londrina
- Marvin - Itapetininga
- Olívia - São Paulo
- Paris - São Paulo
- Popeye - Santo André (ABC Paulista)
- Queen - São Paulo
De acordo com o gerente geral do Instituto Magnus, Thiago Pereira, este ano o Instituto conseguiu alcançar os principais objetivos, como o citado acima, referente ao número de cães-guias entregues.
“Entregamos os cães com excelência. Também tivemos um papel muito importante na sociedade, em relação ao aumento no envolvimento e interação das pessoas com o Instituto”, explica.
Entre as atividades desenvolvidas estão as visitas monitoradas à sede do Instituto Magnus, em Salto de Pirapora, assim como a participação da equipe do Instituto em eventos e palestras em diferentes locais, como empresas e instituições de ensino.
Thiago destaca ainda que o saldo positivo também ocorreu no número de famílias socializadoras, que registrou 42 famílias socializando cães este ano. “Esses voluntários têm um papel fundamental para o desenvolvimento da causa”, comentou o gerente, sobre o número que aumento significativamente em relação a 2018, quando houve oito famílias socializadoras.
Com esse crescimento, não é apenas o número de cães a serem treinados que também aumentam. As pessoas que tiveram contato com esse cachorro e com essa família serão informadas sobre a causa, divulgando ainda mais o trabalho realizado pelo Instituto.
Consecutivamente, o número de pessoas com deficiência visual com vontade de ter um cão-guia também cresceu, com interessados de várias partes do Brasil. “Fazemos tudo isso pensando na excelência dos treinamentos e no bem-estar dos cães. Mais importante que a quantidade é a qualidade do trabalho”, completou Thiago.
A jornada de Senna, Zuma e Olívia
O filhote de pelagem clara Senna está no Instituto Magnus desde agosto, onde está passando pelo treinamento para se tornar, finalmente, um cão-guia. Sob os cuidados do aprendiz de instrutor, Gustavo Ferraz, Senna deve se formar em fevereiro de 2020.
Zuma está em socialização com a responsável da família socializadora Sidinéia Venâncio, moradora de Sorocaba. Logo após a formatura da turma de Senna, Zuma será treinada em fevereiro, pelo instrutor de cão-guia George Thomas Harrison.
Olívia faz parte dos 12 cães-guias entregues este ano. Já formada, ela segue trabalhando, desde setembro deste ano, em São Paulo, sob a tutela de Gabriel Vicalvi, que atua em um banco de Capital paulista.