Abandono de prédios públicos provoca discussão na Câmara
Os problemas envolvendo próprios públicos de Sorocaba, citados em matérias do Cruzeiro do Sul, viraram pauta no Legislativo da cidade na sessão ordinária desta quinta-feira (24). Em foco, unidades do Sabe Tudo e dos bicicletários.
Renan Santos (PCdoB) usou a tribuna da Casa para tratar do problema. Ele citou o texto do Cruzeiro do Sul, publicado na edição de quarta-feira (23), que tratava do abandono das unidades do Sabe Tudo.
“Desde 2017 venho questionando o Executivo sobre a resolução desse problema. A justificativa no primeiro ano é que não havia dotação orçamentária”, conta Santos.
O parlamentar mantém o entendimento de que o ideal é fazer um chamamento público para que entidades possam administrar os locais.
Ele afirmou que sem manutenção, cada vez mais os locais vão se deteriorando. “E tem mais: virou uma questão de segurança pública”, afirma.
Conforme ele, já houve casos de uso dos locais para prostituição e consumo de droga. “O que mais me dá indignação é que a concessão para essas entidades não demanda nem de autorização da Câmara. Basta um decreto do governo”, diz.
“A morosidade, a burocracia e a má vontade do governo passado e desse governo angustia a gente”, alfineta.
Luis Santos (Pros) destacou a questão dos bicicletários. Em um deles, conforme publicou o Cruzeiro do Sul, em 6 de outubro, ocorreu um estupro contra uma jovem de 22 anos.
“Defendo o planejamento. Não é só fazer, precisa manter. Eu entendo que é mais difícil manter do que fazer. Tivemos essas ideias que pareciam ótimas, incluindo o bicicletário e Sabe Tudo, que, de repetente, se transformaram em elementos que perderam a razão de ser”, comenta.
“E ainda tem o fato de que custaram aos cofres públicos. Hoje, são recursos públicos mal utilizados”, lembra. Santos também concorda que quanto mais tempo se deixa para fazer a manutenção, mais vai se gastar.
“E não é só isso. Pessoas mal intencionadas podem se apropriar desses lugares para outros fins”, diz. (Marcel Scinocca)