Alunos recebem lição de democracia e usam biometria para votar
Servidores de cartórios eleitorais estão levando orientação para jovens de escolas públicas e privadas em diversas cidades paulistas. Em Sorocaba, a iniciativa começou na manhã desta terça-feira (27), em um colégio particular, onde uma equipe da 343ª Zona Eleitoral simulou uma eleição municipal.
Cerca de 20 alunos do quinto ano do ensino fundamental simularam a votação em uma urna eletrônica e biometria. Eles escolheram entre candidatos fictícios e votaram para prefeito e vereador. Segundo o chefe da 343ª, João Lima, a iniciativa da campanha é estimular nos jovens, principalmente de 16 e 17 anos, sobre a importância do alistamento eleitoral, mesmo não sendo obrigatório nessa faixa etária.
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De acordo com os dados da 343ª Zona Eleitoral, como o alistamento eleitoral de jovens de 16 e 17 anos é facultativo, eles representam muito pouco do total de eleitores aptos a votar atualmente em Sorocaba. Por conta disso, o objetivo da Justiça Eleitoral, em todo o Estado, é aumentar a quantidade de jovens, nessa faixa etária, que queiram solicitar o título de eleitor.
Segundo João Lima, os jovens de 16 e 17 anos que estão aptos a votar na cidade somam somente 2.246, isto é, menos de 1% dos 468.980 mil eleitores da cidade. Segundo os números, são 191 jovens do sexo masculino e 180 jovens do sexo feminino com 16 anos, totalizando 371 eleitores. Já com 17 anos são 976 do sexo masculino e mais 899 do sexo feminino, o que soma 1.875 eleitores.
“Uma curiosidade é que, diferente dos eleitores de todo o país, em Sorocaba, na faixa etária dos jovens, os homens são maioria. Eles somam 1.167 contra 1.079 mulheres”, destaca João Lima.
O chefe da 343ª disse ainda que até o fim do ano os funcionários do cartório eleitoral pretendem visitar os alunos do ensino médio, de preferência, de aproximadamente 40 escolas da cidade, entre públicas e privadas.
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A ideia é estimular nos jovens a iniciativa de tirar o título de eleitor para que eles já participem do processo eleitoral no ano que vem, quando serão realizadas eleições municipais em todo o Brasil.
“Nas escolas faremos palestras onde falamos sobre o que é democracia e como é realizado o processo eleitoral. Inclusive levamos a urna eletrônica, com uma cabine de votação e biometria. Além disso, é feito uma simulação de eleição, como no dia de votação. E os alunos ainda ganham uma cartilha, chamada ‘Jovem Eleitor’, que foi produzida especificamente para eles pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP)”, diz.
Alunos aprendem
“A gente tem que votar para fazer parte da democracia do país”, afirma a aluna Luisa Lopes, 10 anos, que está no quinto ano do ensino fundamental do Colégio Salesiano, em Sorocaba. Apesar de não ter idade para tirar o título de eleitor, a menina aprendeu com os colegas de salas sobre a importância de escolher os candidatos em um processo eleitoral. “Eu sempre quis votar, mas terei que esperar completar 16 anos para tirar o meu título de eleitor”, diz.
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Outra informação que Luisa aprendeu na aula sobre as eleições e que repetia para os colegas é o fato do voto ser secreto. “A gente não precisa contar para ninguém em quem vai votar”, disse.
Pietro Calejo, 10 anos, aluno da mesma turma, também gostou da aula diferente sobre democracia, título de eleitor e urna eletrônica. “Eu aprendi que o voto é obrigatório e quando eu completar 16 anos vou tirar meu título de eleitor. A gente não pode vender o voto e é importante escolher uma pessoa boa para governar o Brasil”, diz. (Ana Cláudia Martins)