Após prisão de secretário, Prefeitura de Araçariguama fará apuração interna
O titular da Secretaria de Governo, Israel Pereira da Silva, foi preso pela Polícia. Crédito da foto: Fábio Rogério (14/10/2019)
A Prefeitura de Araçariguama fará uma investigação interna após a prisão do titular da Secretaria de Governo, Israel Pereira da Silva. Serão apuradas as responsabilidades e tomadas as providências cabíveis.
A nota, divulgada na tarde desta terça-feira (15), não trata do possível afastamento do secretário. O nome dele segue no site da Prefeitura de Araçariguama como um dos membros do governo. Silva teve a prisão preventiva decretada pela Justiça sob a acusação de concussão e associação criminosa.
O governo de Araçariguama ressaltou também não ter sido intimado a se manifestar. Além disso, não teve acesso aos autos do processo referente à denúncia envolvendo o secretário.
Contribuir com as autoridades
A administração ainda se colocou à disposição para contribuir com as autoridades. Também reitera que não compactua com qualquer ato ou conduta que viole os princípios que norteiam a gestão pública.
Silva foi preso segunda-feira (15) em Araçariguama pela Polícia Civil. Também foi detido o ex-prefeito da cidade, Carlos Aymar, acusado pelos mesmos crimes.
Carlos Aymar chega à sede da DIG de Sorocaba acompanhado por policiais civis. Crédito da foto: Fábio Rogério (14/10/2019)
Parcelas da propina
Segundo a Polícia Civil, Aymar foi preso após receber uma das parcelas da propina combinada com uma cooperativa habitacional. A entidade construiria moradias populares em Araçariguama. Já Silva foi detido ao chegar à Prefeitura. Ele é acusado de participar do esquema.
O ex- prefeito foi encaminhado para a Penitenciária 2 Dr. Antonio de Souza Netto. Já o secretário foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba. Ambos ficam no bairro Aparecidinha.
A defesa de Carlos Aymar informou que vai entrar com pedido de habeas corpus para derrubar a decisão. O advogado constituído considera a prisão “injusta”.
Há quatro meses
Segundo o titular da Delegacia Seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, a investigação sobre o caso começou há pelo menos quatro meses. O total da cobrança era de R$ 2 milhões. As parcelas, conforme acertado entre a pessoa responsável pela cooperativa, era de R$ 50 mil por mês.
Ainda de acordo com o delegado seccional, R$ 14 mil foram apreendidos em um armário. Era o sinal do acordo. A entrega dos valores ocorreu na sala de Aymar, dentro da Prefeitura de Araçariguama.
Dentro da Prefeitura
Aymar não era funcionário da Prefeitura de Araçariguama, mas tinha até sala no local, conforme apontou a Polícia Civil. “Ele não tem uma secretaria, ele não é nomeado. Se equipara a servidor público porque tinha poder de mando”, diz Carriel. (Da Redação)
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