Comerciantes cobram ocupação do Mercado Distrital de Sorocaba

Por Ana Claudia Martins

Apesar de receber obras de revitalização, local permanece com espaços ociosos. Crédito da foto: Fábio Rogério (24/8/2019)

Açougue é um dos poucos comércios em funcionamento. Crédito da foto: Fábio Rogério (24/8/2019)

Os poucos comerciantes que ainda atuam no Mercado Distrital de Sorocaba, na Vila Fiori, cobram da Prefeitura de Sorocaba uma solução para colocar em funcionamento os mais de 20 boxes que estão fechados no local. Durante a semana, o movimento de consumidores chega a ser modesto por conta das poucas opções que são oferecidas aos clientes.

Atualmente, cerca de seis boxes estão ocupados no Mercado Distrital e oferecem aos clientes farmácia, açougue, lojas de roupas, e bar. O local, no entanto, fica bastante movimentado aos domingos pela manhã, quando o Mercado Distrital recebe os feirantes.

Os comerciantes também pedem melhorias, mas a Prefeitura de Sorocaba afirma que os serviços do Recupera Sorocaba já foram concluídos no local, por meio da Secretaria de Conservação, Serviços Públicos e Obras (Serpo).

O presidente da Associação dos Mercadores do Distrital, José de Souza, no entanto, questiona a conclusão dos trabalhos realizados e afirma que ficou serviço sem ser realizado. “Quando o então prefeito José Crespo esteve no local para lançar as obras do Recupera Sorocaba, por exemplo, foi dito que seria feita a pintura do piso, o que não ocorreu”, diz.

Além disso, ele cobra a abertura de licitação pelo poder público para que os boxes fechados podem ser reabertos, com várias opções para os clientes. A Prefeitura de Sorocaba afirma que foram realizadas revisões nos banheiros, calçada, implantação de academia, manutenção no alambrado e revisão elétrica no estacionamento. No caso dos banheiros, a revisão foi concluída há pouco mais de dois meses.

Promessa de melhoria

Em novembro do ano passado, em uma solenidade no local, Crespo e uma comitiva entregou parte das melhorias. Porém, dois dias depois as obras foram paralisadas, sendo retomadas logo após o início do ano.

José de Souza mostrou para a reportagem que o local continua sem um muro de contenção após trabalho realizado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). Questionada, a Prefeitura de Sorocaba informa que o serviço foi realizado pelo SAAE Sorocaba, em parceria com a Secretaria de Conservação, Serviços Públicos e Obras (Serpo) e foi concluído.

O presidente da Associação ainda cobra a recolocação de alguns equipamentos da academia ao ar livre instalada no local, que foram levados para manutenção. A Serpo informa que encontra-se em processo de licitação de manutenção de academia ao ar livre com previsão de conclusão em outubro deste ano. Com este contrato será realizada a manutenção e reinstalação dos equipamentos.

Apesar de receber obras de revitalização, local permanece com espaços ociosos. Crédito da foto: Fábio Rogério (24/8/2019)

Já sobre a questão da abertura de licitação para a reabertura dos boxes fechados, a Secretaria de Abastecimento e Nutrição (Seaban), pasta responsável pelo Mercado Distrital, informa que está em fase final de estudos para implantação de novo modelo de gestão do local.

“O projeto tem como objetivo modernizar, ampliar e fomentar a comercialização nos mais variados ramos de comércio, incentivando ações que contribuam para melhorar a qualidade de vida da população”, diz a pasta.

A Seaban informa também que assim que os estudos forem concluídos, a Associação poderá participar do Edital de Chamamento apresentando a sua proposta, que será analisada pela Prefeitura de Sorocaba.

Mais opções

Para quem mora próximo ao Mercado Distrital, a falta de opções, de variedade de produtos e poucos boxes abertos prejudica o movimento no local.

A auxiliar de produção, Francine Castelhano, 40 anos, mora perto do Mercado Distrital, mas diz que o local atrai poucas pessoas durante a semana por falta de opções para os consumidores. “Venho mais na farmácia, pois é perto de casa. No domingo ainda é cheio por conta da feira, mas precisa colocar os boxes fechados para funcionar”, diz. (Ana Cláudia Martins)

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