Corpo de radialista de Itu que sofreu acidente será sepultado nos EUA
Será sepultado nos Estados Unidos o corpo do radialista Tony Fernandes, de 37 anos, que é de Itu e morreu após sofrer um acidente em Pittsburg, no estado da Califórnia. Segundo informações da família, a previsão é que o sepultamento ocorra no final de semana.
Os aparelhos que mantinham o radialista respirando foram desligados nesta segunda-feira (30), dois dias após a confirmação da morte cerebral. O desligamento ocorreu para que os órgãos da vítima pudessem ser doados, conforme decisão da família.
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De acordo com o irmão de Tony, João Campanha, o radialista já havia manifestado antes a vontade de ser doador. “Estamos fazendo a vontade dele. Com a doação, ele vai salvar sete vidas”, afirma. Segundo ele, parte dos órgãos já foram retirados.
Ainda conforme o irmão, por questões burocráticas envolvendo o visto, a família não poderá viajar para acompanhar o sepultamento. O corpo também não será transferido para o Brasil devido aos custos e também pelo fato de Tony ter esposa e um filho nos Estados Unidos.
"Temos uma irmã que também mora lá e outro irmão que havia viajado há um mês para visitar os dois. Eles vão representar a família no momento de despedida", cita.
O acidente
Segundo o irmão de Tony, o radialista morava nos Estados Unidos há quase três anos. Na quinta-feira (26), a caminhonete que ele dirigia capotou enquanto ia para o trabalho. A suspeita é que ele tenha passado mal em decorrência de diabetes.
Sonho de morar nos EUA
Morar nos Estados Unidos era um sonho para Tony, que desde cedo investiu nos estudos do inglês. Segundo o irmão, ainda jovem ele fazia trabalhos como tradutor em um condomínio. Em 2015, se formou em Jornalismo em uma faculdade de Itu.
Em fevereiro de 2017, o desejo se tornou realidade e Tony finalmente pisou em solo norte-americano. Ele viajou para os Estados Unidos com a irmã mais nova e lá formou família: se casou e teve um filho, que está com três meses.
Apaixonado por carros
Conforme João Campanha, atualmente o irmão trabalhava com pinturas residenciais e sempre ajudava a família. “Foi com o dinheiro que ele enviava que nossos pais conseguiram terminar a casa, comprar móveis”, diz.
João ainda relata que o radialista sempre foi fã de carros e, no exterior, conseguiu realizar o sonho de comprar uma BMW. “Infelizmente essa fatalidade ocorreu, mas sabemos que ele conseguiu chegar onde queria”, finaliza.