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Cristian Cravinhos é condenado a mais de 4 anos de prisão

09 de Outubro de 2018 às 12:35

Cristian Cravinhos participou do assassinato do casal von Richthofen. Crédito da foto: Divulgação

Cristian Cravinhos foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão pela justiça criminal de Sorocaba (SP) por tentativa de suborno a policiais. A decisão foi dada no início da noite desta segunda-feira, 8, pela juíza Margarete Pellizari, da 2ª Vara Criminal, que determinou o cumprimento da pena em regime fechado, por ele ser reincidente. Cravinhos já estava preso em Tremembé (SP) desde a data do crime, em abril deste ano.

O acusado, que cumpria  em regime aberto a pena de 38 anos e 6 meses de prisão pela morte dos Richthofen, foi detido pela Polícia Militar em Sorocaba, após ter se desentendido com uma mulher. Ele a teria agredido, mas a vítima não registrou a ocorrência. Por estar descumprindo as regras do regime aberto, pois estava fora da cidade de seu domicílio e em um bar, Cristian tentou subornar os policiais, oferecendo R$ 1 mil em espécie, mais o dinheiro obtido com a venda de uma moto, segundo o inquérito. Ele foi autuado flagrante. Em poder do suspeito, os policiais encontraram munição de uso restrito, mas Cravinhos foi absolvido desse crime por falta de provas. A juíza considerou, no entanto, que ele cometeu o crime de tentativa de suborno.

O advogado de Cristian, Ivan Peterson de Camargo, vai entrar com recurso. Segundo o defensor, a sentença se baseou apenas na palavra dos policiais, sem outros elementos de prova. O advogado considerou, ainda, que a pena foi excessiva.

Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e 6 meses de prisão pela morte do casal Marísia e Manfred von Richthofen, em 2002, em São Paulo. Na época, seu irmão Daniel namorava Suzane von Richthofen, filha do casal, e os pais eram contrários ao relacionamento. Os três planejaram e executaram o assassinato do casal na casa da família. Daniel, condenado a 39 anos e seis meses, está em regime aberto desde janeiro deste ano. Suzane foi condenada a 39 anos de prisão e a Defensoria Pública já pediu sua progressão para o regime aberto. O último pedido, feito no mês passado, foi negado pela Justiça. (José Maria Tomazela - Estadão Conteúdo)