Escolas no Carandá deveriam ter sido entregues há mais de três meses

Por Marcel Scinocca

Canteiros não têm sinais de que projetos serão entregues em breve. Crédito da foto: Fábio Rogério (23/8/2019)

Placas instaladas mostram prazo definido para entrega dos prédios. Crédito da foto: Fábio Rogério (23/8/2019)

A construção de cinco unidades de educação para atender as demandas dos bairros Altos do Ipanema II e Jardim Carandá estão com mais de três meses de atraso. O período para construção, conforme placas instaladas nos canteiros de obras, prevê início em 14 de agosto de 2018 e término em 14 de maio deste ano.

A informação obtida pelo Cruzeiro do Sul é de que estaria ocorrendo atraso no repasse para empresa que está executando os serviços. A reportagem esteve nesta sexta-feira (23) nos locais das obras. Todas as construções apresentavam profissionais em atuação. As unidades, apesar de terem seus respectivos entornos ainda em fase inicial de construção, alguns prédios estão em fase de acabamento, inclusive com a colocação de vidros.

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Entretanto, no local, pelas placas de identificação, foi constatado que todas estão com o prazo de entrega expirado. De acordo com os dados, serão construídas três creches e duas escolas para atender o ensino fundamental.

Chamou a atenção também que apenas uma empresa executava as obras no local. Entretanto, no último documento anexado pela Prefeitura de Sorocaba em seu site que trata de processos licitatórios, três empresas aparecem como vencedoras na ata de julgamento do processo. O procedimento foi colocado no site em maio do ano passado.

Embora tenham funcionários trabalhando, obras estão sem finalização. Crédito da foto: Fábio Rogério (23/8/2019)

A Prefeitura de Sorocaba informou que as obras fazem parte de um convênio com a Caixa Econômica Federal com a contratada e que os repasses são efetuados pela Caixa, que inclusive acompanha o cronograma das obras. Não houve um processo licitatório por parte da Prefeitura de Sorocaba, houve um edital de chamamento de empresas interessadas que foram apresentadas à Caixa.

O Executivo informou ainda que a efetivação dos contratos seguiram critérios técnicos da Caixa Econômica Federal. Não houve comentários sobre o fato de apenas uma empresa estar atuando no local e nem sobre o prazo de entrega ter sido extrapolado. O Executivo também não comentou sobre o prazo para inauguração das unidades.

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A empresa Casagrande também foi procurada para falar sobre as questões, em especial sobre possíveis atraso nos repasses. A pessoa que deveria tratar da situação não retornou. A empresa foi informada sobre a data da publicação da matéria.

Canteiros não têm sinais de que projetos serão entregues em breve. Crédito da foto: Fábio Rogério (23/8/2019)

A Caixa Econômica Federal também foi questionada sobre possíveis atrasos no repasse, que, conforme apurou o Cruzeiro, seria um dos motivos do atraso nas obras. A assessoria da Caixa em São Paulo afirmou que a resposta seria enviada por Brasília. Por volta das 20h, a assessoria de Brasília afirmou que o caso deveria ser tratado com o Ministério do Desenvolvimento Social, sem prazo hábil para novos questionamentos ao órgão. (Marcel Scinocca)