Encontro Debates em Educação é idealizado pelo Conselho Municipal de Educação de Sorocaba (CMESO) em parceria com a Fundação Ubaldino do Amaral (FUA). Crédito da Foto: Fábio Rogério (14/10/2020)

O primeiro encontro Debates em Educação, idealizado pelo Conselho Municipal de Educação de Sorocaba (CMESO), em parceria com a Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), foi realizado nesta quarta-feira (14). Com quase duas horas de duração, o evento contou com a participação de três especialistas. O público também teve a possibilidade de esclarecer dúvidas durante o debate, realizado e transmitido a partir do Centro de Educação Continuada e Aperfeiçoamento (Cecap), mantido pela FUA. O debate teve transmissão ao vivo pelo Facebook do CMESO e do jornal Cruzeiro do Sul, também parceiro do evento.

O tema do debate, que foi mediado pelo jornalista Fernando Guimarães, foi “Avaliação e Currículo em tempos de pandemia”. Durante o encontro, foram abordadas ideias sobre o atual momento que passa a educação, além da necessidade de discussões em torno dos modelos e resultados da educação a distância.

A especialista Isabel Cristina Dias de Moraes Cardoso abriu o evento. Ela defendeu que quando se fala em avaliação é preciso saber como foi o acesso do aluno ao ensino. Conforme ela, não seria um processo justo avaliar uma criança que não teve acesso aos mais variados recursos com uma que teve. “Eu preciso categorizar o acesso”, afirma. Ainda conforme ela, é preciso saber as possibilidades que os estudantes tiveram. Ela defendeu também mais discussão em torno dos processo de avaliação.

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Luciana Bálsamo, também especialista da área, defendeu a recuperação do histórico para a avaliação e que mudanças precisam ser feitas para o momento atual. “Não dá para pensar da mesma forma que estava acontecendo”, diz. Com relação aos resultados de larga escala, feitas, por exemplo, pelo Ministério da Educação, ela considera necessária a aplicação de mudanças a partir dos resultados. Sobre o atual momento, com o distanciamento, ela lembrou que esse processo acarreta diretamente na forma de avaliar.

A também especialista Mara Kitamura abriu sua fala tratando das diferenças entre o ensino remoto privado e o público. “A gente está se reinventando no ensino privado”, disse. Ela ainda defendeu um diagnóstico para saber o que, de fato foi, aprendido de forma remota. “Você não tem a percepção no olhar”, comenta sobre as aulas em grupos virtuais. Ela lembrou em sua explanação da participação dos pais no ensino em função da pandemia. Mara Kitamura defendeu que isso deveria ter ocorrido antes do momento pandêmico.

A alfabetização e o ano de 2021 no ensino também foram temas do debate. Para a presidente do CMESO, Ana Claudia Joaquim Barros, os objetivos foram atingidos. “Tudo isso vai subsidiar os estudos do Conselho Municipal de Educação para que a gente possa emitir um parecer técnico a respeito do tema central que é a avaliação e a reorganização curricular”, afirma.

Eveline Almeida, coordenadora de Marketing do Cruzeiro do Sul, avalia que o encontro foi uma oportunidade de mostrar o engajamento do veículo em um momento sensível em que passa a educação. "A gente reconhece essa responsabilidade. Sinalizamos que estamos comprometidos”, comenta. Um novo encontro, com outros convidados, está marcado para ocorrer no dia 21 de outubro.  (Marcel Scinocca)