Operação conjunta combate "bailes funks" em bairros
Adriane Mendes - adriane.mendes@jornalcruzeiro.com.br
Para combater os abusos dos frequentadores dos chamados "bailes funk", no qual os participantes costumam fazer manobras perigosas com veículos, trafegando pela contramão e empinando motocicletas, além do uso de drogas e de bebidas alcoólicas até por menores, a Polícia Militar, em operação conjunta com a Guarda Civil Municipal (GCM) e o setor de fiscalização da Prefeitura, vem efetuando, aos finais de semana, e em feriados, a operação Saturação. Na sexta-feira passada, as ações aconteceram no Jardim Ipiranga, Nova Esperança e Habiteto, onde as concentrações não chegaram a se formar.
Diante da estratégia de mudança de localidade por populares a fim de se concentrar para ouvir música em alto volume por toda a madrugada, as equipes têm percorrido diferentes bairros da cidade para marcar presença e evitar o que a corporação chama de aglomeração de pessoas, e os moradores dos bairros afetados denominam por bailes funks ou batidão.
Em cada um dos bairros percorridos na sexta-feira, as equipes permaneceram por aproximadamente uma hora. Nenhum entorpecente foi apreendido e quatro veículos, sendo uma moto e três carros, foram guinchados por irregularidades na documentação. Estabelecimentos comerciais também foram notificados por irregularidades. De acordo com Renato Galvão, que era o fiscal encarregado na operação pelo setor municipal de Fiscalização, foram feitas quatro notificações no Jardim Ipiranga, das quais três por ausência de inscrição municipal, e uma pela lei 11.367/2016, que dispõe sobre poluição sonora.
Região do Jardim Ipiranga também recebeu ações de patrulhamento para coibir 'batidões' - ERICK PINHEIRO
Para o tenente Guilherme Gimenez Maschio, do Comando de Força Patrulha, e quem coordenou a ação conjunta, o resultado foi satisfatório, apesar de em nenhum dos bairros haver o flagrante de concentrações. Na Jardim Ipiranga, populares disseram que somente a presença policial consegue conter o tal do "batidão".
A falta de respeito com o sossego alheio ocorreu também por meio de eventos fechados, como na Vila Rica, e cujo som, que era propagado até para bairros da zona norte, só foi interrompido com a chegada da Polícia Militar. Apesar do estabelecimento estar com a documentação correta, o local desrespeitou a lei do silêncio, já que as músicas eram ouvidas até por moradores da região da Vila Santana e Jardim Brasilândia. Com a chegada dos policiais, que precisaram rastrear o som para localizarem sua origem, por volta das 4h, o som foi interrompido.