Festa de Votorantim manterá tema junino mesmo sendo em novembro
Uma festa junina fora de época. Desta forma, a organização da 105ª Festa Junina Beneficente de Votorantim pretende realizar em novembro o tradicional festejo, que ocorreria em junho na Praça Lecy de Campos, mas que foi adiado devido à pandemia do novo coronavírus. A nova data foi divulgada na última sexta-feira, mas tem dividido opinião da população da região.
Nos comentários da notícia, publicada na página do Facebook do jornal Cruzeiro do Sul, alguns leitores se manifestaram contrários à manutenção do tema e sugerem, por exemplo, que a festa deveria, então ser natalina.
O produtor Gui Moron, da Viva Entretenimento, empresa responsável pela organização da festa, assinala que a festa deverá ocorrer entre 13 de novembro a 9 de dezembro e manterá, sim, os motivos originais juninos, já que essas características são responsáveis por dar à festa o título de “maior e mais tradicional do interior do estado de São Paulo”.
Fonte de receitas
Vale destacar que além de ser uma opção de entretenimento na região, com apresentações musicais e gastronomia, a festa é fonte de receita para dezenas de entidades filantrópicas de Votorantim. Neste ano, 18 entidades assistenciais seriam beneficiadas, já que seus voluntários participariam comercializando alimentos nas barracas na praça de alimentação.
Gestora administrativa da Apae Votorantim, Silmara Fernandes, afirma que os recursos obtidos na festa correspondem a cerca de 20% do orçamento anual da entidade, que tem 140 atendidos nas áreas de assistência, educação e saúde. “A festa vem pra nos ajudar a honrar algumas despesas da instituição, inclusive com pagamento de férias e 13º salário dos profissionais”, comenta.
Silmara afirma que, mesmo com alterações no calendário, a festa deste ano será ainda mais importante, já que deverá ajudar a minimizar os impactos da queda de contribuições em virtude da pandemia do coronavírus. “Está bem difícil, pois alguns contribuintes do telemarketing não contribuíram nesse mês de março, devido ao impacto do assunto da pandemia, alguns ficaram com medo até de receber o mensageiro, o que é compreensível”, destaca. (Felipe Shikama)