Jefferson Campos e mais quatro entram com ação para desfiliação partidária
O deputado federal Jefferson Campos (PSB-SP) entrou nesta quarta-feira (16) com uma ação na Justiça Eleitoral para desfiliação partidária por “justa causa”. Além do parlamentar de Sorocaba, também entraram com processos outros quatro deputados.
A lista inclui Tábata Amaral (PDT-SP), Gil Cutrim (PDT-MA), Marlon Santos (PDT-RS) e Felipe Rigoni (PSB-ES). As legendas passaram a punir os deputados desde que eles votaram a favor da reforma da Previdência na Câmara.
Os deputados desejam deixar os partidos, mas seguir com mandato. De acordo com o advogado Cristiano Vilela, que está à frente das ações, cada parlamentar ingressou com uma ação individual e argumentos específicos. “Mas há um elemento comum: a prática arbitrária tomada pelos partidos”, afirmou.
Vilela afirmou ainda que todas as ações foram protocoladas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e distribuídas para relatores, com exceção da ingressada por Rigoni - que ainda não possui relatoria. Agora, o TSE conduzirá o processo para ouvir testemunhas e decidir pela justa causa ou não.
Confira, na íntegra, a nota do deputado Jefferson Campos sobre a ação na Justiça de desfiliação do PSB:
“Como deputado federal eleito pelo nosso Estado, sempre pautei minha vida pública com coerência e respeito às pessoas que me confiaram o seu voto. Após estudar e conversar com os diversos setores da sociedade, entendi que o Brasil precisava de uma Reforma da Previdência que reduzisse as desigualdades e rompesse com privilégios.
A cada entrevista, pronunciamento, reunião ou post em mídias sociais que fiz sobre o tema, sempre me posicionei favorável à Reforma. Portanto, meu posicionamento era de pleno conhecimento da sociedade e de todo o meu partido, o PSB (Partido Socialista Brasileiro).
Entretanto, ainda assim, fui suspenso por 12 meses dos direitos partidários e posições em comissões na Câmara dos Deputados, tendo meu espaço cerceado e meu direito de expressão diminuídos pela agremiação.
Além disso, tive a minha imagem denegrida por membros da executiva nacional do partido, que em diversas declarações na imprensa usaram os termos “infiel” e “traidor”para se referir a minha pessoa, o que demonstra clara discriminação e uma perseguição sem sentido, liderada pelo próprio partido ao qual me filiei um dia.
Sendo assim, não tive outra escolha, a não ser entrar com ação no Superior Tribunal Federal, nesta terça-feira (15) , pedindo autorização para me desfiliar e deixar o PSB em razão da grave discriminação política e pessoal que tenho sofrido.” (Da Redação, com informações do Estadão Conteúdo)
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