Moradores pedem melhorias para o Jardim Novo Mundo
Localizado na divisa com Votorantim, moradores do bairro Jardim Novo Mundo em Sorocaba reivindicam mais atenção dos serviços públicos. Entre os problemas relatados estão questões relacionadas ao trânsito e ao escoamento de água. A dona de casa, Gorete Aparecida de Queiroz Nunes, 51 anos, reclama do grande fluxo de veículos na rua Benedita Almeida, que dificulta a travessia da via. “É um perigo, já aconteceram acidentes aqui”, relata. De acordo com os moradores, falta sinalização e eles veem como solução a implantação de mão única na rua.
Já na rua Laura Maiello Kook, o problema é o bueiro para escoamento de água. Moradores dizem que eles próprios precisam fazer a limpeza da entrada do bueiro para minimizar os alagamentos e gostariam que fossem feitas intervenções para melhorar o escoamento de água da via. Ainda nessa rua, parte da via está sem asfalto, com água parada em alguns pontos.
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Limites territoriais
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Salto (Saae) de Sorocaba afirma que existem indefinições quanto aos limites territoriais na área e para que seja verificado se é de responsabilidade da Prefeitura de Sorocaba as providências solicitadas pelos moradores quanto ao problema de drenagem, a moradora requerente deverá entrar “com um pedido formal”, por meio de processo administrativo no Saae. Assim, a autarquia poderá fazer “todas as avaliações e verificações necessárias”. De acordo com o Saae, é importante ainda que o morador reuna documentações comprobatórias de que o imóvel dela pertence a Sorocaba.
Já a Urbes -- Trânsito e Transportes diz que não possui registro de acidente com vítima na rua Benedita Almeida desde 2015. Afirmou, ainda, que não recebeu pedido para que a via seja transformada em de mão única ou mesmo instalação de redutor de velocidade. Porém, informa que vai encaminhar técnicos ao local para avaliar a necessidade de adotar providências para melhorar a segurança viária.
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Questão judicial impede ligação de água
Moradora do Jardim Novo Mundo, a senhora Maria Aparecida Rodrigues de Castro, de 65 anos, enfrenta desde 2018 um processo administrativo no Saae com o objetivo de obter ligação de água na casa onde mora. A idosa, que reside na Laura Maiello Kook, relata que após fazer o pedido na autarquia foi orientada a fazer adequações, como a construção de mureta para o hidrômetro e encanamento.
A senhora conta, inclusive, que fez um empréstimo para arcar com esses custos. Funcionários do Saae teriam feito inspeção no local e afirmado que estava tudo correto. Porém, ela alega que foi mal tratada no último atendimento que recebeu no Saae e que desde então seu pedido não teve prosseguimento. Enquanto isso, diz que precisa contar com a solidariedade dos vizinhos que fornecem água para ela. “Eu peço água para um e para outro. Mas você vai com aquela dor no coração, com medo de receber um não”, conta. Ela diz ter um documento que comprovaria seu direito ao imóvel.
A autarquia, no entanto, aponta que o problema seria a dificuldade da senhora em comprovar a posse do imóvel e que este pertence à Sorocaba. Conforme o Saae, os registros do processo apontam que em julho de 2018 foi feita a solicitação da ligação de água, mas que a senhora não possuía documentos de posse do imóvel, tendo apresentado somente a conta da CPFL em seu nome e a sentença de um processo judicial de ação de despejo por falta de pagamento -- o qual foi julgado improcedente -- movido pelo proprietário.
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Após a orientação em agosto para a construção da mureta para instalação da caixa padrão, bem como a instalação da rede hidráulica, nova vistoria em novembro teria constatado que ela ainda precisava de fossa séptica. Finalmente em dezembro, teria sido verificado que o local estava apto para receber a ligação de água. Porém, no mesmo mês, um homem protocolou documentos requerendo a posse do imóvel apresentando documentos de IPTU indicando que a casa pertence a Votorantim.
Neste protocolo, o mesmo solicitava o indeferimento do pedido da senhora. Assim, de acordo com análise do Departamento de Execução Fiscal e Administrativo (DEFA), foi indeferida a solicitação de Maria, pelo fato do imóvel pertencer a Votorantim, sendo o processo arquivado. Ela teria pedido reanálise em fevereiro deste ano, mas o departamento diz que manterá o pedido indeferido até que ela comprove, através de documentos, que é proprietária do imóvel e que o mesmo pertence a Sorocaba. Ela teria sido informada desse desfecho em março deste ano. (Priscila Fernandes)