Ex-prefeito de Tietê é afastado da Inova
A Agência de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba (Inova) informou ontem (5), ao Cruzeiro do Sul, que o ex-prefeito de Tietê, Manoel David Korn de Carvalho, que ocupava cargo de diretor-executivo foi afastado de suas funções. Ele foi preso na segunda-feira (3) durante a operação Tempestade, da Polícia Federal de São Paulo. A Inova informou ainda que o Conselho da entidade irá deliberar em breve sobre a demissão do colaborador. A Inova é uma empresa independente, prestadora de serviço para o Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS).
A defesa do ex-prefeito, por nota, informa que “Manoel David Korn de Carvalho sempre teve uma reputação ilibada e não tem contra si quaisquer antecedentes criminais. A sua atuação, seja no setor público ou no setor privado, sempre se pautou pela ética e legalidade. Desde a deflagração da operação, é possível perceber que a ordem de prisão preventiva é totalmente ilegal, desproporcional e precipitada. Não há qualquer fundamentação que justifique a prisão. A inocência dele será comprovada ainda na fase policial, até mesmo para estancar quaisquer dúvidas que surjam sobre as imputações que lhe foram direcionadas”.
A defesa informa ainda que “tem plena confiança na Justiça e a mais firme convicção de que a prisão será revogada pelas instâncias superiores, mesmo porque as mencionadas circunstâncias já estão sendo apreciadas pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região”.
Manoel David já teve cargo na Prefeitura de Sorocaba, como diretor de área, durante a gestão do ex-prefeito (cassado) José Crespo. Ele exerceu o cargo de prefeito de Tietê de 2013 a 2016 e teve os direitos políticos suspensos por oito anos.
A prisão de Manoel David foi confirmada pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Segundo a Polícia Federal, durante a operação Tempestade, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária, interdição judicial de seis empresas, 22 mandados de busca e apreensão, distribuídos entre São Paulo, Tietê, Guarujá, Rio de Janeiro e Brasília, além da interdição de atividade de um contador. A investigação tramita na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
A operação Tempestade foi deflagrada com apoio do Departamento Penitenciário (Depen), e faz parte da segunda fase da Operação Rei do Crime, cujo objetivo é desarticular núcleo financeiro responsável pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção.
A Polícia Federal informa que a investigação possibilitou a identificação, localização e sequestro de valores no valor aproximado de R$ 30 milhões, em imóveis, veículos e interdição de seis empresas, bem como o bloqueio de valores em contas das pessoas físicas e jurídicas no limite de R$ 225 milhões. O grupo investigado realizou operações financeiras atípicas superior a R$ 700 milhões. (Da Redação)