Trio é indiciado por suspeita de fraudes em plataforma de e-commerce

A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia da Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), identificou e indiciou três pessoas por envolvimento em fraudes em um site de compras pela internet, após o cumprimento de ordens judiciais nas cidades de São Paulo, São Caetano do Sul, Itu e Sorocaba, nesta quarta-feira (4).

De acordo com as apurações, os criminosos anunciavam, em uma plataforma de e-commerce, a venda de produtos de proteção, como aventais, luvas descartáveis e máscaras, além de eletrônicos, e depois que recebiam os pagamentos dos compradores, não entregavam as mercadorias.

Os crimes ocorreram entre maio e agosto do ano passado, no ápice da pandemia, e foram detectados pelo próprio site de vendas online que acionou a polícia. “Por meio de investigação criminal tecnológica conseguimos identificar três pessoas que estariam envolvidas nessa prática criminosa, sendo que uma delas já era muito conhecida nos meios policiais, com vasta passagem criminal exatamente na área de fraudes bancárias”, destacou a delegada Nayara Caetano Borlina Duque, titular da delegacia responsável pelo caso.

De acordo com Nayara, os compradores dessas mercadorias, que nunca foram entregues, tiveram os valores ressarcidos pela plataforma de e-commerce, que acabou levando um prejuízo de R$ 121.712,94.

Com as evidências digitais conseguidas pelos agentes, foram solicitados mandados de busca e apreensão contra os investigados – o que foi aceito pela Justiça. As ordens judiciais foram cumpridas hoje (4), sendo o trio localizado em uma mansão dentro de um condomínio em Itu. Os três suspeitos foram conduzidos à especializada para os procedimentos de polícia judiciária e, por não ser flagrante, dispensados para responder em liberdade pelos crimes de estelionato e associação criminosa.

Além da casa de alto padrão, os outros mandados foram cumpridos em sedes de empresas envolvidas nos golpes. Como resultado de toda a ação, foram apreendidos celulares e diversos equipamentos eletrônicos que, mediante autorização judicial, serão encaminhados ao laboratório de investigação cibernética da Divisão para extração dos seus conteúdos a fim de identificar outros crimes e até mesmo mais envolvidos.

Dois veículos também foram recolhidos durante os trabalhos e serão destinados ao ressarcimento da empresa vítima. As investigações prosseguem.