Obra na avenida Itavuvu causa transtornos para moradores

Fora a sujeira, o pó gerado pelas obras tem desencadeado problemas respiratórios em moradores

Por Wilma Antunes

Obra tem o prazo de seis meses para ser concluída.

Uma obra particular na avenida Itavuvu, zona norte de Sorocaba, tem causado transtornos aos moradores da região. As máquinas que operam no local estariam lançando uma grande quantidade de pó no ar. Além de a sujeira se espalhar pelo asfalto e atingir carros que trafegam pelo local, a população também sofre com problemas respiratórios desencadeados pela inalação dos resíduos.

Os serviços executados próximo ao shopping Cidade Sorocaba fazem parte da construção de um hipermercado, aprovada no mês de julho pelo Grupo de Aprovação de Projetos Especiais (Gape), da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Turismo (Sedettur). O prazo expedido para o início das obras era de seis meses, após a autorização, as quais já estão em andamento, segundo a Prefeitura de Sorocaba.

Moradores dizem já ter procurado órgãos públicos a fim de encontrar uma solução para o problema, porém, nada foi resolvido. Aparecida Andrade, de 59 anos, é uma das pessoas incomodadas com a obra. “Tem gente se recuperando da Covid-19, fazendo fisioterapia. Fora os idosos com problemas cardíacos, como a minha mãe, que perdeu até o lugar de tomar sol por causa da sujeira”, conta indignada.

Ela cuida da mãe idosa, de 78 anos, que se recupera de uma cirurgia no quadril. De acordo com Aparecida, os problemas respiratórios provocados pela poeira deixam a situação ainda mais difícil. “O sofrimento é pela grande quantidade de pó. Estamos todos com rinite e sinusite atacada. Tem pó até no telhado, aí o vento bate e não conseguimos nem dormir. É horrível!”, lamenta.

A Prefeitura de Sorocaba informou ao jornal Cruzeiro do Sul que a seção de Fiscalização de Obras, da Secretaria de Planejamento (Seplan), realizará vistoria no local para verificar o apontado pelos moradores. Ainda conforme a administração municipal, a Central de Atendimento da Ouvidoria Geral do Município recebeu duas manifestações sobre o endereço indicado.

A denúncia realizada no dia 4 de agosto é de averiguação de transporte de terra em caminhões. Já a do dia 9 de agosto é para averiguação de aterramento de área. Ambas queixas estão sendo verificadas igualmente no local, de acordo com a prefeitura.